Sindicato do Pará e Amapá debate PCS em seminário de bancos públicos

Na abertura do encontro realizado sexta 12, os participantes foram saudados pelo presidente do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, Alberto Cunha, pelo vice-presidente da Contraf-CUT, Neemias Rodrigues, e pela diretora da Fetec-CN, Vera Paoloni. Após a abertura, os delegados sindicais assistiram a uma sessão de cinema, onde foi exibido o filme Terra Fria. E após o almoço, participaram de uma dinâmica lúdica de integração.

Redução da Jornada – O seminário foi retomado na tarde da sexta-feira com um debate sobre a redução da jornada de trabalho. Os debatedores convidados foram o desembargador federal do trabalho, José Maria Quadros de Alencar, e Neemias Rodrigues.

O desembargador, que também foi bancário por alguns anos antes de seguir a carreira de magistrado, ressaltou que a categoria estava de parabéns por promover esse debate, o qual representa uma luta histórica da classe trabalhadora internacionalmente, desde o período da primeira revolução industrial.

Alencar destacou que a discussão sobre a redução da jornada de trabalho não pode estar atrelada especificamente às questões salariais, mas também à qualidade de vida do trabalhador e de seus familiares, além da ampliação das redes de consumo, sobretudo de bens culturais, o que irá impulsionar o fortalecimento da economia com a geração de mais empregos.

Já Neemias Rodrigues reforçou que a luta pela redução da jornada deve ser prioridade para o movimento sindical bancário, e que os delegados sindicais têm um papel fundamental na conscientização da categoria nos locais de trabalho e também na mobilização para as ações que a CUT, Contraf e Sindicato deverão convocar para pressionar o governo e o setor empresarial pela redução da jornada.

PCS – Na manhã do sábado (13), os bancários se dividiram em grupos, por banco, para tratar de cada Plano de Cargos e Salários específico. Destaque para a participação de Marcelo Carrion, da CEE/ Caixa e que esteve novamente com os bancários da Caixa do Pará e Amapá para tratar desse assunto, e Marcel Barros, secretário geral da Contraf-CUT, que é bancário do Banco do Brasil e participou do grupo sobre PCS do BB.

As discussões dos grupos deram conta do andamento das negociações sobre o PCC da Caixa e o PCCS do Banco do Brasil, e também da necessidade de mobilizações nacionais da categoria nesses bancos para arrancar conquistas em torno desses planos, dentre elas a redução da jornada de trabalho sem redução dos salários.

Assim como o grupo do Banpará debateu sobre as novas etapas do novo PCS e da licitação em torno do Plano de Saúde, e o do Banco da Amazônia sobre os impactos negativos do plano de reestruturação na empresa e a necessidade de se negociar com a direção do banco melhorias do Plano de Cargos e Salários.

Encerramento – A mesa de encerramento do seminário foi composta pelo presidente do Sindicato, Alberto Cunha, pela diretora do Sindicato e da executiva da Contraf-CUT, Rosalina Amorim, pelo Secretário Geral da Contraf-CUT, Marcel Barros,e pelo presidente da AEBA e vice-presidente da Fetec-CN, Sérgio Trindade.

Alberto Cunha agradeceu a presença de todos que participaram do seminário, principalmente em pleno sábado. “Espero que tenha sido algo proveitoso para todos, sei que muitas dúvidas não conseguimos responder, mas acredito que demos o ponta pé inicial nesse debate sobre os Planos de Cargos e Salários”.

Ele também aproveitou o momento para ressaltar que na última semana de abril acontecem as eleições e para a nova direção do Sindicato e pediu para que a categoria participe desse processo eleitoral de várias formas, inclusive como mesários, os quais devem ser obrigatoriamente sindicalizados.

Sérgio Trindade destacou que os debates promovidos durante o seminário fazem parte da luta diária dos bancários, e que a proposta de agregar e socializar conhecimento entre a categoria é fundamental para as lutas e para o movimento bancário.

Já Rosalina Amorim enfatizou que o seminário foi para ela a realização de um sonho que tinha quando era delegada sindical, mas para que de fato o curso tenha êxito “é fundamental que o que foi aprendido aqui seja repassado aos demais bancários nas agências”.

Por fim, Marcel Barros parabenizou a disposição de todos, principalmente aqueles e aquelas que se deslocaram de municípios mais distantes de Belém, e disse que essa força demonstrada para construir as lutas da categoria é fundamental se chegar a uma sociedade mais justa.

Opiniões – A bancária Marlice Machado, funcionária do Banpará em Itaituba há 19 anos, aprovou a realização do curso e ressaltou que antes, na história do Sindicato, não existia tanta aproximação entre os bancários da capital e do interior. “Esse foi o segundo seminário que participei aqui no Sindicato e, novamente, foi muito enriquecedor. Com certeza, tudo o que aprendi aqui vou repassar para meus colegas de agência”, comentou Marlice.

Já Antonio Silva, empregado do Banco da Amazônia em Santarém e bancário há 36 anos também elogiou o seminário e se comprometeu em levar essa discussão aos demais colegas de empresa.

Ele destacou o debate feito pelo desembargador José Maria Quadros de Alencar sobre redução de jornada de trabalho e afirmou que “essa é uma luta coletiva e não individual, por isso é importante que todos os trabalhadores defendam a redução da jornada sem a redução dos salários”.

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