Bancários do CTO do Itaú Unibanco protestam por diferença na PLR

Trabalhadores do Centro Técnico Operacional (CTO), em São Paulo, do Itaú realizaram uma paralisação parcial na manhã desta terça-feira dia 16 para cobrar o pagamento de 2,2 salários de PLR para todos os funcionários. Na mesa de negociação, a direção do Itaú Unibanco se recusa a fazer o acerto.

> Fotos: galeria com as imagens da manifestação

Durante o protesto organizado pelo Sindicato, os empregados expressaram revolta com o banco. “Sinto-me injustiçado. Eu não recebi 2,2 salários e o que me deixa indignado é saber que o alto escalão recebeu e muito bem o seu bônus”, afirmou um bancário que não será identificado.

Um outro trabalhador desabafou diante dos problemas da fusão. “Esse protesto é válido. O banco criou uma situação muito chata com os funcionários ao não valorizar a gente com os dois salários de PLR. Desde que foi anunciada a união com o Unibanco, as coisas só pioraram para o nosso lado”, disse.

O presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino, criticou a postura da direção do Itaú Unibanco na mesa de negociação e afirmou que se o banco não complementar o pagamento para que chegue aos 2,2 salários haverá novos protestos. “Os bancários não podem pagar a conta da fusão. O banco pode atender nossa reivindicação”, destaca.

“O processo de fusão está beneficiando apenas o Itaú Unibanco, os acionistas e executivos, deixando os trabalhadores no prejuízo. O Sindicato sempre defendeu o diálogo e a negociação, mas o banco aposta na truculência e no desrespeito aos funcionários. Por isso paralisamos hoje o CTO. Vamos continuar mobilizados até que o Itaú Unibanco passe a valorizar os trabalhadores”.

Polícia

No final da paralisação, que transcorria pacificamente a polícia foi chamada pelo Itaú Unibanco para intimidar os trabalhadores. Dirigentes sindicais e bancários consideraram desnecessário e repudiaram a atitude do banco.

“Os funcionários do CTO estão de parabéns pela participação na atividade e pela coragem, pois não cederam à pressão do banco, que tentou intimidar chamando a polícia no final do protesto. Vale lembrar que no ano passado o Itaú Unibanco, junto com outras instituições, priorizaram uma reunião com o alto escalão da Polícia Militar para organizar uma ação conjunta antes de apresentar uma proposta na mesa de negociação”, relatou o presidente do Sindicato.

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