Rotatividade gera insegurança no Real ABN

O Real ABN aumentou o número de funcionários nos últimos anos e tende a ampliar ainda mais a oferta de emprego com a abertura de 50 novas agências no país. Essas informações seriam motivo para dar maior segurança aos trabalhadores. No entanto, a saída constante de bancários, principalmente com muitos anos de empresa, tem causado efeito contrário, provocando grande apreensão.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e coordenador da COmissão de Organização dos Empregados do Real ABN (COE Real), Marcelo Gonçalves essa rotatividade é provocada por duas situações. A primeira é que o processo de fusão com o Santander tem feito com que muitos trabalhadores troquem o banco por outra instituição financeira, justamente para tentar se “proteger” dessa mudança. Das 382 homologações no Sindicato, de bancários que deixaram o Real ABN no primeiro trimestre deste ano, estima-se que 60% sejam pedidos de demissão.

“A outra situação é gerada por gestores que simplesmente demitem os bancários com mais tempo de casa por terem salário um pouco mais elevado e ocuparem um posto melhor no plano de cargos e salários, desconsiderando todos os anos de experiência e a dedicação à empresa. Os mais atingidos são trabalhadores do ‘majolão’ e da matriz”, denuncia.

Denuncie – O dirigente sindical afirma que o banco precisa adotar medidas eficazes para diminuir a rotatividade. Para isso, poderiam ser criadas condições para incentivar os funcionários a permanecer no Real em vez de seguirem para outro banco. “Também é necessário cessar a demissão. Acreditamos que existam setores com carência de pessoal para onde os funcionários poderiam ser transferidos. A dispensa não se justifica”, acrescenta Marcelo.

O Sindicato orienta os bancários a entrar em contato caso seu local de trabalho esteja com falta de funcionários. Essas informações são importantes para reivindicar a realocação dos empregados em vez de o banco demiti-los.

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