No ES, bancários vestem de preto para protestar contra o HSBC

(Vitória) Os bancários do HSBC do Espírito Santo estão convidados a trabalhar vestindo roupas na cor preta nesta terça-feira, dia 11 de dezembro, em sinal de luto pelas demissões que estão ocorrendo no banco. Neste final de ano, aproximadamente cem empregados foram demitidos em todo o Brasil.

O protesto faz parte da Jornada Internacional de Luta dos Bancários da América Latina, que começou nesta segunda-feira, 10, e vai até sexta-feira, dia 14. A jornada foi aprovada em novembro, durante a 3ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais de Bancos Internacionais, realizada na sede da Contraf-CUT, em São Paulo. O objetivo é denunciar e cobrar ações de proteção ao emprego e de garantia de condições de trabalho no HSBC. A situação é crítica em todo o continente.

No Brasil, além da sobrecarga de trabalho e da pressão por cumprimento de metas, que estão adoecendo e levando os bancários ao desespero, o HSBC demitiu cerca de cem bancários em novembro. Antes, em abril deste ano, outros 380 foram dispensados em todo o país.

Na Colômbia, o HSBC chegou há poucos meses e, além de recusar a melhoria do rendimento dos bancários, ainda quis cortar benefícios. A resposta dos trabalhadores foi uma greve de onze dias, que culminou com a assinatura de uma nova convenção coletiva com importantes conquistas.

No Paraguai, os trabalhadores estão sob forte pressão por metas e conseqüente adoecimento. No Uruguai, o banco privilegia contratações de jovens de elite e discrimina o trabalhador ligado ao movimento sindical.

Na Argentina, o HSBC chegou tentando impor sua cultura, como a utilização da língua inglesa, desrespeito à jornada de trabalho sem pagamento de horas extras e cobrança de metas, o que não é comum naquele país.

Em decorrência desse quadro, os bancários do HSBC construíram eixos para a negociação com o banco que são: redução da jornada de trabalho; fim do trabalho aos sábados, mais contratações, fim do horário estendido, fim da terceirização, respeito à cultura de cada país e construção de um acordo marco, no qual estariam definidos patamares mínimos para as negociações em cada país.

Fonte: Seeb ES

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