Ministro contraria governo e defende privatização dos bancos federais

(Brasília) Ataques ao papel público e social de bancos federais como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil voltaram recentemente à tona nas páginas da grande imprensa. Desta vez declarações isoladas do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, foram divulgadas pelo jornal DCI. O alvo, como sempre, é a privatização dos dois maiores bancos públicos do país, sob a alegação de que ambos “não fazem parte das funções essenciais do governo”.

Vez ou outra, os meios de comunicação têm utilizado o recurso de divulgar opiniões pessoais de personalidades para defender a tese do projeto privatista de setores da elite econômica e política do país, derrotados com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A lógica é a de manipular informações para conquistar apoios junto à opinião pública. Essas iniciativas estão desfocadas da realidade e fazem parte de uma forte e persistente cruzada contra os bancos públicos federais, com vistas a viabilizar privatizações futuras.

A bem da verdade, as especulações sobre a necessidade de privatização dos bancos federais não contam com o respaldo do governo Lula, que vem dando total prioridade à Caixa Econômica Federal como principal instrumento de políticas públicas. Esse papel vem sendo exercido historicamente pela empresa, que atua como maior agente nacional de financiamento da casa própria e de investimento em saneamento básico e infra-estrutura urbana.

Por reiteradas vezes, em resposta às tentativas de minar o reconhecimento da sociedade quanto à importância da Caixa como banco público a serviço do Brasil, a Fenae desenvolveu campanhas para rechaçar o envolvimento da instituição em jogos políticos escusos e não permitir que o país seja remetido de volta ao passado. A Fenae também está disposta a erguer novamente sua voz para reafirmar o que considera ser o papel reservado à Caixa: servir à população brasileira, notadamente a mais carente.

A Fenae entende que, do ponto de vista dos empregados, o passado na Caixa foi marcado pela política de reajuste zero nos salários, de fechamento de unidades em todo o país, de perseguição a dirigentes sindicais e associativos, de terceirização indiscriminada de serviços, de ameaça de demissões sem justa causa e de falta de iniciativas na área social.

Atualmente, a situação é adversa da que vigorava no passado. No curso dos últimos anos, principalmente de 2003 para cá, a Caixa conseguiu se reerguer e retomar sua missão histórica.

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