Maiores bancos aumentam taxas de juros em janeiro

(São Paulo) Pegar um empréstimo bancário ou entrar no cheque especial ficou mais caro este mês. Sem limites para a ganância, os maiores bancos que atuam no Brasil aumentaram a taxa de juros e iniciaram 2008 penalizando ainda mais os correntistas. A constatação é da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP).

Segundo levantamento feito pelo Procon, realizado em 3 e 4 de janeiro, a taxa média do empréstimo pessoal subiu 0,09 ponto percentual, passando de 5,27% ao mês em dezembro para 5,36% em janeiro. Os juros do cheque especial também subiram, passando de 8,205% ao mês em dezembro para 8,209% em janeiro.

“É um absurdo este novo aumento nos juros que os bancos promoveram para essas duas operações. O ano de 2007 já havia terminado com os juros bancários nas alturas. Enquanto a taxa básica, a Selic, foi reduzida em dois pontos percentuais no ano passado, os juros médios praticados pelos dez maiores bancos brasileiros permaneceram praticamente estáveis. Os bancos estão abusando, explorando a sociedade e impedindo o desenvolvimento do país. Até alguns anos atrás os banqueiros tinham uma ladainha pronta para explicar os juros estratosféricos. Entre os argumentos que usavam estavam o alto valor da taxa Selic e a inadimplência. Todos esses fatores estão em queda, mas os bancos continuam aumentando os juros, e assim tentam lucrar cada vez mais”, comenta Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.

O Procon analisou os juros do cheque especial e do empréstimo pessoal em dez instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Safra, Santander e Unibanco. No empréstimo pessoal, a alta foi provocada por três bancos: Nossa Caixa (0,45 ponto percentual), Real (0,40 ponto percentual) e HSBC (0,03 ponto percentual). As demais instituições mantiveram as taxas para esse tipo de operação. No cheque especial, a variação ocorreu porque o Banco do Brasil aumentou os juros em 0,04 ponto percentual.

Os técnicos do Procon-SP alertam ao consumidor que, no início de ano, evite compras por impulsos e empréstimos desnecessários para não desequilibrar o orçamento. Isso porque, nesta época é marcada por despesas fixas como pagamento de impostos, matrículas e material escolar. Ainda de acordo com o Procon, o consumidor deve dar prioridade ao pagamento de dívidas e, evitar, sempre que possível, o uso do cheque especial.

Fonte: Contraf-CUT, com Agência Brasil

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