Funcionários do Banese rejeitam proposta e greve continua em Sergipe

Proposta do Banese foi considerada insuficiente pelos bancários

Reunidos em assembleia realizada na terça-feira, dia 4, em Aracaju, os baneseanos rejeitaram, por unanimidade, a proposta de reajuste apresentada pelo presidente do Banco do Estado de Sergipe – Banese -, Saumíneo Nascimento. No documento, entregue ao Sindicato dos Bancários de Sergipe pelo subsecretário de Estado de Relações Sindicais, Francisco Santos (Chico Buchinho), que também é baneseano, deixou os bancários indignados. A proposta em nada se assemelha às dos bancos estaduais BRB e Banpará.

A proposta enviada pelo Banese resumiu-se a dois itens: reajuste linear de 9% (a Fenaban já apresentou 8%) em todas as verbas salariais e um abono de R$ 2 mil em duas parcelas de R$ 1 mil (primeira para 20/10 e a segunda para 20/12). E ainda com prazo de validade: para dia 4 e retorno ao trabalho dia 5. O PCS (Plano de Cargos e Salários), que já está pronto e é o que vai valorizar os trabalhadores, nem foi tocado. Os baneseanos deram a resposta: a greve continua hoje e ainda mais fortalecida.

BRB

Os bancários do BRB tiveram um reajuste geral de 8,5% sobre os salários e demais verbas, e 13% nos pisos de VP, extensivos aos CP/VPs, anuênios e quinquênios. O salário inicial passou para R$ 1.900 e a gratificação de caixa será igualada à dos trabalhadores da Caixa Econômica Federal. Nos conjuntos de tíquete e cesta-alimentação os valores passam de R$ 795,96 para R$ 900.

Banpará

Já os bancários do Banpará, com 95% de adesão à greve, garantiram uma proposta de reajuste de 10% sobre as verbas salariais, mais 5% de promoção do Plano de Cargos e Salários em 2012; Anuênio reajustado para R$ 25; Reajuste de 20% sobre tíquete alimentação e cesta alimentação, além de um tíquete alimentação extra de R$ 3.200, linear a todos os empregados em exercício nas datas de pagamento, sendo R$ 1.200 antes do Círio, R$ 1.000 em Dezembro/2011 e R$ 1.000 em Março/2012, dentre outras conquistas.

Avaliação

“O Banese frustrou os baneseanos e não apresentou uma proposta nem de longe semelhante às do BRB e Banpará. Em função disso a proposta foi rejeitada. O lucro do Banese foi maior do que os desses bancos também estaduais, portanto, tem condições de melhorar a proposta. Se não for com muita luta, os baneseanos não vão conquistar a implantação do PCS, que vai elevar o piso da categoria, garantir melhores perspectivas no final da carreira e incremento importante na remuneração que eles vão levar para a aposentadoria”, destaca José Souza, presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe.

A greve do Banese começou com 22% de adesão, hoje encontra-se em 61%. Até agora foram fechadas todas as 18 agências da capital, mais 19 do interior, 7 postos de serviços e 2 pontos BaneseCard.

Os baneseanos se comprometeram a lutar por melhores salários e condições de trabalho. Portanto a ordem é manter a paralisação e crescer ainda mais a mobilização no Banco do Estado de Sergipe e nos demais bancos.

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