Funcion rios da Nossa Caixa trabalham no meio de cad veres em Campinas

(Campinas) A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) tem uma estrutura de serviços digna de uma cidade movimentada e cheia de vida. Apenas onde não se encontra muita vida é no Departamento de Anatomia Patológica da Universidade, que possui em suas dependências câmara fria e sala de autópsia, laboratório de dissecação de peças cirúrgicas, sala de Exames de Congelação, laboratório Histoquímica enzimática e Imuno-histoquímica. Tudo muito estruturado para receber os cadáveres que chegam aos montes do Hospital das Clínicas, CAISM e Hemocentro.

 

E é exatamente no corredor deste Departamento que os seis funcionários da Nossa Caixa vêem trabalhando há meses, na transferência de contas dos funcionários e do corpo docente. Se antes os bancários trabalhavam em uma sala-depósito de 2X5 metros, agora a Unicamp os transferiu para a porta de entrada de cadáveres e doenças altamente contagiosas.

 

Mas isso não significa que o ‘depósito’ foi desativado, pelo contrário, ainda acolhe ‘confortavelmente’ os seis funcionários do banco. O sindicato esteve no local através da presidente Sonia Zaia que constatou a precariedade no atendimento e a falta de respeito com os funcionários públicos.

 

"Será que o Sr. Reitor da Unicamp freqüentaria um banco próximo a uma sala de autópsia, cheirando a produtos químicos e com cadeiras das salas de aula? Com certeza, não! E será que o setor comercial da Nossa Caixa está adotando uma nova estratégia de marketing, utilizando-se de formas excêntricas para vender mais seguros de vida, por exemplo? É impossível acreditar que a diretoria do banco aceitou de bom grado o local onde estão seus trabalhadores. E a universidade, uma das mais desenvolvidas tecnológica e filosoficamente no país, deveria ter o mínimo de bom senso nessa questão", adverte Sonia.

 

Diante de toda essa palhaçada, o sindicato já preparou cartas de protesto direcionadas ao Governador do Estado, à Unicamp, à Nossa Caixa e ao sindicato dos funcionários da universidade, cobrando soluções urgentes para essa situação caótica.

 

Fonte: Gustavo Abdel Massih – Seeb Campinas

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