Dia de Luta: Bancários do Santander/Real exigem mais PLR e fim das demissões

Bancários do Santander/Real realizaram na manhã desta terça-feira, 19, manifestações nas cinco agências do Centro de Vitória – uma do Santander e quatro do Real – para denunciar o descaso da empresa para com seus trabalhadores.

Durante a manifestação os bancários distribuíram panfletos para a população e conversaram com clientes e trabalhadores dentro das agências denunciando as manobras do Santander, que escondeu o lucro real que o banco obteve, a fim de derrubar a PRL dos trabalhadores, pagando o menor valor entre os grandes bancos brasileiros.

Enquanto seus empregados são preteridos e colocados à margem do crescimento do banco, a empresa mostra toda sua generosidade com seus executivos. No último dia 30 de abril, durante assembléia dos acionistas, o banco aprovou a remuneração anual de R$ 223 milhões para apenas 26 diretores-executivos. Ou seja, o Santander não reduziu a distribuição de dividendos aos acionistas nem cortou bônus milionários para diretores e superintendentes.

A atividade faz parte do Dia Nacional de Luta dos Trabalhadores do Santander. Mobilizados em todo o país, os empregados do banco espanhol exigem o fim das demissões e o pagamento de adicional na PLR (Participação nos Lucros e Resultados) coerente com os resultados obtidos pela empresa através do esforço e empenho dos funcionários.

Após a incorporação do Banco Real pelo Santander, o banco espanhol continuou a onda de demissões. De março de 2008 até hoje, 3.300 postos de trabalho já foram extintos. No primeiro trimestre deste ano ocorreram 900 demissões só em São Paulo.

“O Santander deu um cano nos seus empregados. Essa atividade foi importante para mostrar a indignação dos bancários com essa falta de respeito do banco. É um absurdo que os funcionários da empresa no Brasil, principais responsáveis pelos lucros da empresa, recebam somente a regra básica da PLR enquanto os executivos ganham milhões de reais”, denuncia Demétrius Casado, da Federação dos Bancários do RJ e ES.

Além disso, acrescenta, “aqui em Vitória as agências dos dois bancos são muito próximas uma das outras. O receio é que o Santander venha a fechar agências e demitir mais empregados. Precisamos manter a categoria mobilizada para barrar isso”, ressalta Casado.

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