Contraf quer leis de proteção ao emprego em casos de fusão ou aquisição

(São Paulo) O risco de demissão em massa vivido pelos bancários do ABN/Real por conta da venda do banco é comum sempre que há fusões ou aquisições entre grandes empresas, principalmente no sistema financeiro nacional. Desde o início dos anos 90, quando este tipo de negócio se tornou comum, milhares de empregos foram ceifados no Brasil e no mundo. Para proteger o empregos em nosso país e garantir os direitos trabalhistas em casos de fusão ou aquisição, a Contraf-CUT inicia uma campanha para garantir a aprovação de uma legislação específica.

O primeiro passo desta campanha é um abaixo-assinado, que será remetido ao Congresso Nacional. “Queremos leis que protejam o emprego e os direitos dos trabalhadores em casos de fusão ou aquisição. Geralmente, as empresas envolvidas nestas transações estão com ótima saúde financeira, como é o caso do ABN. Mas é o trabalhador quem sai penalizado, com o fechamento de centenas de vagas”, afirma Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.

A Contraf orienta aos sindicatos que dêem especial atenção ao abaixo-assinado. “Devemos colher assinaturas entre os bancários, mas também com familiares, amigos, conhecidos, trabalhadores de outras categorias, em escolas, universidades e com público em geral. É muito importante colher o maior número possível de assinaturas para que tenhamos uma boa representação no Congresso Nacional”, diz Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf.

O abaixo-assinado está disponível na sessão de comunicados, que fica na área restrita do site. As assinaturas devem ser colhidas até o dia 1º de outubro e remetidas para a sede da Contraf-CUT, em São Paulo.

Jornada de luta no ABN
Entre os próximos dias 25 e 27, os bancários do ABN vão até Brasília para uma série de reuniões com autoridades. O objetivo é garantir o apoio dos três poderes na luta pelo emprego encampada pelos funcionários do banco.

Segundo Gutemberg Oliveira, diretor da Fetec da São Paulo e bancário do ABN, os trabalhadores devem participar em massa das atividades propostas pelos sindicatos e construir uma grande campanha em defesa do emprego. “Só a mobilização poderá nos garantir alternativas no sentido da manutenção do emprego”, afirma Gutemberg.

Confira abaixo a programação:
25/09, às 7h30 – Recepção dos Deputados e Senadores com panfletagem no Aeroporto de Brasília.
25/09, das 13h às 18h – Reuniões com deputados federais e senadores no Congresso Nacional
26/09, às 7h30 – Atividade em frente ao Congresso Nacional
26/09, das 9h às 18h – Reuniões com deputados federais e senadores no Congresso Nacional
27/09, às 9h – Audiência Pública, com o bancos ABN, Santander e Barclays, na Comissão de Trabalho e Renda.
27/09, das 9h às 18h – Audiências nos Ministérios e demais comissões do Congresso Nacional.

Fonte: Contraf-CUT

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram