Banese lucra R$ 47,5 milhões em 2023

Valores representam queda de 37% em relação ao lucro do ano anterior; porém Banco do Estado de Sergipe obteve recuperação de mais de 1.000% no quatro trimestre em comparação ao terceiro trimestre

O Banco do Estado de Sergipe (Banese) apresentou lucro líquido de R$ 47,5 milhões em 2023 – queda de 37,1% em relação ao lucro líquido de 2022, que havia sido de R$ 75,5 milhões. Por outro lado, o banco apresentou recuperação de 1044,4% entre o terceiro e o quarto trimestre de 2023, quando os lucros registrados foram de R$ 3,6 milhões e R$ 41,2 milhões, respectivamente.

“Apesar da queda em relação a 2022, o lucro realizado do Banese superou o projetado pela entidade em um milhão”, explica a economista e técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na subseção da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vivian Machado.

Em relatório, o banco destacou a provisão de passivo fiscal (Cofins) e a despesa de equivalência patrimonial como principais fatores que levaram à queda de lucro entre 2022 e 2023. Já a melhora registrada no último trimestre foi possível graças à Lei do Bem (de incentivo fiscal à inovação), à economia tributária oriunda da distribuição de Juros sobre Capital Próprio e ao resultado positivo de equivalência patrimonial registrado em dezembro.

O patrimônio líquido da entidade apresentou aumento de 12,2% do ano, somando R$ 668,3 milhões.

Carteira de crédito

Em 12 meses, a carteira de crédito consolidada do Banese teve alta de 13,7%, alcançando R$ 4 bilhões. No trimestre, o crescimento foi de 2,7%. Em 2023, a carteira voltada à Pessoal Física, somou R$ 2,5 bilhões – alta de 17,3% em relação ao ano anterior, com destaque para as linhas de consignação (+16,3% no período). Já a carteira às Pessoas Jurídicas registrou alta de 13,2% no período, totalizando R$ 364,2 milhões. Outra carteira que apresentou crescimento em 2023 em relação à 2022 foi a de Desenvolvimento (+22,1%).

Inadimplência e despesas com PCLD

O Banese afirma que a inadimplência acima de 90 dias ficou em 2,87% em 2023, abaixo da inadimplência média do Sistema Financeiro Nacional (3,50%), da inadimplência média do Brasil (3,27%) e da inadimplência média do Estado de Sergipe (3,98%).

As despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD), também chamadas de provisões para devedores duvidosos (PDD), cresceram 1,5% no período, totalizando R$ 138,8 milhões – volume que, por outro lado, representa queda de 24,2% no trimestre.

Agências e clientes

Ao final do 4º trimestre de 2023, o Banese contava com 926 funcionários, com a abertura de 56 postos de trabalho durante o ano. O número de agências e de postos de serviços se mantiveram inalterados de um ano para o outro (63 e 9, respectivamente).

O número de clientes também apresentou crescimento, que foi de 2,2% em 2023, ou mais de 18 mil correntistas, totalizando 861.348.

A coordenadora do Grupo de Trabalho em Defesa dos Bancos Públicos da Contraf-CUT, Eliana Brasil, ressalta que o fortalecimento dos bancos públicos é fundamental para a redução das desigualdades regionais no país. “Em especial, quando falamos do Banese, estamos falando de uma entidade promotora do financiamento para o desenvolvimento socioeconômico do Sergipe. Isso significa mais linhas de crédito disponíveis para o incentivo de setores que, consequentemente, podem gerar novos empregos, melhorando o PIB regional”, explica.

Confira aqui os destaques completos do balanço, apontados pela equipe da Rede Bancários do Dieese.

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