Bancários paralisam Santander em Belém e garantem volta da refrigeração

Não adiantou o diálogo. Foi preciso que os bancários do Pará fechassem na terça-feira (7) a agência Padre Eutíquio do Santander, no centro de Belém, para que o banco resolvesse o problema da falta de refrigeração que estava incomodando, e muito, os clientes, usuários e funcionários da unidade.

Na última quinta-feira (2), o Sindicato dos Bancários do Pará recebeu denúncias de clientes e funcionários que não suportavam o calor dentro da referida agência, que estava sem o funcionamento da rede de refrigeração por conta do roubo dos cabos de cobre dos aparelhos de ar condicionado da unidade.

No mesmo dia, o Sindicato procurou a direção regional do Santander e cobrou solução imediata para o problema. O banco informou que até a segunda-feira (6) o problema estaria resolvido, o que na prática não ocorreu.

Sem resposta, na terça-feira os bancários fecharam o estabelecimento, como forma de pressionar o Santander a dar solução para o caso.

Clientes e usuários da agência que passavam em frente à manifestação deram apoio ao Sindicato e demonstraram todo seu descontentamento com a situação.

Às 14h30, depois de muita pressão dos dirigentes sindicais, o banco, finalmente, resolveu o problema.

“É inadmissível essa postura do Santander, pois um problema tão simples para o banco, que era restabelecer o funcionamento da rede de refrigeração desta que é uma das maiores agências do banco em Belém, precisou de uma atitude mais enérgica por parte do Sindicato para que o banco desse a devida solução”, afirmou a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

“O Santander cobra as maiores taxas e tarifas bancárias no país, e trata seus clientes e funcionários com todo esse desrespeito. Jamais aceitaremos isso e o nosso papel é esse: defender os interesses da categoria bancária e da sociedade”, completou.

Falta de funcionários

Outro problema detectado pelo Sindicato na agência Padre Eutíquio do Santander é a defasagem no quadro funcional. Muitos clientes e funcionários reclamaram aos dirigentes sindicais sobre a falta de bancários para atendimento ao público.

“Ouvimos aqui de muitos clientes e até mesmo de colegas bancários dessa unidade que a demora no atendimento é muito grande, pela falta de funcionários. É por isso que estamos em uma luta nacional em defesa do emprego no Santander, já que em 2013 o banco espanhol demitiu mais de três mil bancários e bancárias no Brasil. As demissões, a exploração da pouca mão-de-obra bancária, aliada às taxas e tarifas exorbitantes, tem sido a solução para o Santander ampliar seu lucro no país. Mas esse não é o interesse da sociedade, por isso somos incansáveis na luta por mais emprego e melhores condições de trabalho nos bancos públicos e privados desse país”, destaca o diretor de bancos privados do Sindicato, Saulo Araújo.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram