Bancários do Rio aprovam propostas dos bancos e encerram greve

Assembleia dos empregados aprova proposta da Caixa no Rio

Os bancários do Rio de Janeiro aprovaram, nesta segunda-feira (17), em três assembleias específicas, as propostas da Fenaban, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. As propostas foram aprovadas por esmagadora maioria dos trabalhadores.

Na assembleia dos funcionários dos bancos privados apenas um bancário votou contra a proposta. Foram 21 dias de uma greve heroica e histórica, a maior dos últimos vinte anos.

“Derrotamos a velha intransigência dos bancos e o discurso tecnocrata de setores do governo que insistem em dizer que ‘aumento real de salário gera inflação’. Os bancários dos bancos públicos e privados estão de parabéns”, disse o presidente do Sindicato, Almir Aguiar.

A proposta aprovada pelos bancários prevê 9% de reajuste salarial, que representa aumento real de 1,5%. Este é oitavo ano consecutivo que a categoria arranca ganho acima da inflação. O índice de 9% recai sobre todas as verbas salariais, inclusive o vale-alimentação, tíquete-refeição e auxílio-creche/babá.

A regra básica da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) será de 90% do salário, mais valor fixo de R$ 1.400, o mesmo modelo do ano passado. A parte fixa, que em 2010 foi de R$ 1.100,80, será reajustada em 27,18%. Serão distribuídos ainda, no mínimo, 5% do lucro líquido das empresas. Se isso não acontecer, os valores de PLR devem ser aumentados até chegar a 2,2 salários, com teto de R$ 17.220,04.

O teto do valor da PLR adicional – que distribui 2% do lucro líquido entre todos os funcionários – passará de R$ 2.400 para R$ 2.800, o que significa aumento de 16,66% em relação ao que foi pago em 2010.

A primeira parcela da PLR será paga em até dez dias após a assinatura do acordo.

Valorização do piso

A valorização do piso salarial é outra vitória da categoria. O reajuste é de 12%, aumento real de 4,30%. No caso do escriturário, passa de R$ 1.250 para R$ 1.400. “Pelo segundo ano consecutivo conseguimos a valorização para o piso da categoria acima do aumento real conquistado para os salários”, comemora Almir.

Cláusulas sociais e dias parados

Os dias parados não serão descontados. Haverá compensação desses dias no máximo até 15 de dezembro. O que não for compensado até essa data, será anistiado.

Duas cláusulas sociais importantes também estão na nova convenção coletiva. Uma que proíbe a publicação de ranking com performances individuais de cumprimento de metas, uma ferramenta importante de combate ao assédio moral, e outra sobre segurança, que coíbe o transporte de numerário por bancários.

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