Greve continua em Sergipe no Banese e no Banco do Nordeste

Apesar do proposta negociada entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, que estipulou um reajuste de 9% nos salários, valorizou o piso da categoria em 12% e aumentou a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), além de avanços nas condições de trabalho e segurança, os funcionários do Banco do Estado de Sergipe (Banese) e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) votaram, por unanimidade, na permanência da greve em Sergipe. A assembléia geral da categoria aconteceu na segunda-feira, dia 17, na sede do Sindicato dos Bancários de Sergipe.

A Caixa, Banco do Brasil e bancos privados retomam suas atividades normais nesta terça-feira, dia 18. No acordo aceito pela categoria, os bancários não terão desconto dos dias parados, que serão compensados através de horas extras, de segunda a sexta-feira, até o dia 15 de dezembro. Depois desta data, os bancários ficarão livres de qualquer obrigação.

Para o presidente do Sindicato, José Souza, os bancários da Caixa e do Banco do Brasil devem retornar as atividades de cabeça erguida. “A nossa luta foi consistente e a proposta satisfatória, claro que não foi a ideal, porém conseguimos chegar no nosso limite”, destacou dizendo que em relação ao BNB foi recomendação do Comando Nacional.

Banese

Os baneseanos seguem firmes em busca da implementação do Plano de Cargos e Salários (PCS), uma luta antiga que vem constando há anos em todas as minutas de reivindicações, mas o Banese não atende. “Isso é vergonhoso”, afirmou uma baneseana.

De acordo com José Souza, o governador em exercício, Jackson Barreto, autorizou a presidência do Banese a enviar uma proposta satisfatória para a categoria, porém a ordem foi descumprida.

Outro ponto destacado na assembleia foi que, durante a paralisação de 2010, a instituição financeira se comprometeu de enviar até o 1º semestre de 2011 o edital para concurso do banco, o que também não foi cumprido.

Segundo José Souza, a greve vai continuar forte e só retornará quando o Banese apresentar o plano de cargos e salários. “A luta pela política de cargos e salários do Banese já dura 20 anos, e a greve só acabará quando eles [Banese] derem prazo para implementação do projeto”, alertou, frisando que o lucro do banco quase dobrou em relação ao 1º semestre do ano passado.

“Desde o início, tivemos dificuldade para negociação com o Banese. A pauta de reivindicações foi entregue no dia 27 de agosto, mas só um mês depois tivemos a primeira negociação. Lamentavelmente, a proposta apresentada pelo Banese está aquém das nossas expectativas”, lamenta Luiz Alves (Lula), diretor do Sindicato e funcionário do Banese.

Já no Banco do Nordeste, uma das questões que mais contribuíram para a continuidade da greve foi a redução da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) social. Além disso, o BNB só apresentou 9% para todas as verbas, enquanto a Fenaban concordou em dar 12% para o piso.

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