Bancários de São Paulo deflagram greve nacional por tempo indeterminado

Assembleia na quadra dos bancários reuniu mais de 1,5 mil trabalhadores

A resposta veio à altura da proposta. Os bancários aprovaram em assembleias por todo o Brasil greve por tempo indeterminado a partir da terça-feira 6 contra o índice de 5,5% apresentado pela federação dos bancos (Fenaban). O reajuste proposto impõe perdas de 4%, não só para os salários, mas também para a Participação nos Lucros e Resultados, para o piso, os vales, auxílios. E revoltou a categoria. A proposta trouxe de volta para a mesa, ainda, a lógica do abono. E o Comando Nacional dos Bancários foi bem claro com a Fenaban: abono não substitui reajuste! Os R$ 2.500 propostos não se incorporam aos salários, nem incidem sobre FGTS, férias, 13º.

Disposição de luta

A Quadra dos Bancários ficou cheia: mais de 1,5 mil trabalhadores rejeitaram por unanimidade a pior proposta dos últimos anos e aprovaram a greve. A disposição de luta da categoria já podia ser sentida pela participação de quase 10 mil trabalhadores, em menos de uma semana, na enquete do site do Sindicato sobre o que a categoria achou da proposta. E 97% das respostas se concentram entre desrespeitosa, péssima e ruim.

“Os bancos querem impor perdas à nossa categoria, acabar com os aumentos reais conquistados desde 2004 com a desculpa de crise. Mas não vão conseguir. Estão sendo oportunistas. Nada justifica esse desrespeito com os trabalhadores num setor que viu seu lucro crescer mais de 27% somente nos primeiros seis meses do ano”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira (foto).

A dirigente lembra que a proposta dos bancos ignorou, ainda, reivindicações fundamentais para a categoria como a garantia de emprego e melhores condições de trabalho. “Só com o que arrecadam com as tarifas cobradas dos clientes conseguem pagar todos os trabalhadores, com sobras. Mas mesmo assim demitem.”

O Comando dos Bancários já havia avisado à Fenaban que a paralisação nacional seria a consequência dessa proposta rebaixada. “Vamos nos reunir nesta sexta-feira 2. E esse é o prazo que os bancos têm para apresentar uma proposta decente para os trabalhadores”, completa a dirigente.

Comando de greve – A assembleia também aprovou reunião do Comando de Greve diariamente às 17h, quando não houver assembleia. Quando elas forem convocadas, ocorrerão também às 17h, na Quadra.

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