(Belém) A conquista de aumento real na campanha salarial deste ano demonstrou que a estratégia de desenvolvê-la de forma unificada nacionalmente, foi um acerto do movimento sindical. No caso do Banco da Amazônia, este acerto repercutiu na aplicação do mesmo índice de reajuste, entretanto, o arrefecimento da disposição de luta, de certa forma, contribuiu para que os avanços almejados não fossem concretizados.
Não tivesse a aposta do governo – representado pela Diretoria do Banco – no desgaste e no cansaço decorrente do movimento paredista, sido absorvida pelos companheiros e companheiras , talvez, o resultado fosse outro, no que concerne a um plus a mais que viesse compensar o não adiantamento da PLR. Frise-se neste particular, que o não pagamento da mesma, deveu-se ao modesto resultado obtido pelo Banco no primeiro semestre, que não comportava os parâmetros de distribuição acordados na convenção coletiva nacional dos bancários.
Alternativa ao não adiantamento da PLR
Com o fim da greve, o Sindicato buscou negociação com a direção do Banco objetivando alternativas ao não pagamento da PLR nos moldes da convenção nacional da categoria. Para tanto, realizou três assembléias com o funcionalismo do Banco da Amazônia que resultaram dentre outras na seguinte proposta: pagamento de duas cestas alimentação extras, no valor total de R$ 1.088,00.
A proposta, segundo o Banco da Amazônia, foi enviada para autorização do Departamento de Controle das Estatais Federais (Dest) .
Ações das entidades representativas
Contraf, Sindicato e AEBA, vêm fazendo gestões junto a parlamentares e Instituições do Governo, com o intuito de viabilizar a aprovação da proposta pelo DEST. Hoje, os presidentes da CONTRAF e AEBA, Vagner Freitas e Sérgio Trindade, estarão no Ministério do Trabalho em reunião com o ministro Luís Marinho pressionando por uma ação política junto ao Dest para que o ACT do Banco da Amazônia seja liberado para assinatura, mantendo-se tudo o que foi acertado em negociação.
Para manter a categoria informada e em constante mobilização, o Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá realizou nesta manhã em frente ao prédio da matriz do Banco da Amazônia, em Belém, manifestação contra a demora do atendimento da reivindicação dos trabalhadores.
Durante a manifestação, Raimundo Walter Luz Júnior, presidente do Seeb-PA/AP, enfatizou que “se o ACT não for aprovado pelo Dest com tudo o que foi acertado em mesa de negociação, incluindo os tíquetes e cestas extras, nós não assinaremos”. Valtinho ressaltou que os trabalhadores devem se manter mobilizados e unidos, para aumentar a pressão sobre a diretoria do banco e o Dest.
Fonte: Seeb PA/AP