Agência do Unibanco é assaltada no centro de Pelotas (RS)

Dois homens armados invadiram a agência do Unibanco na manhã desta quinta-feira na Praça Coronel Pedro Osório, no centro de Pelotas. Eles estavam em uma moto e entraram na unidade às 9h50, no momento em que o segundo vigilante chegava para o trabalho. Todos os quinze funcionários da agência foram rendidos e obrigados a deitar no chão. Em seguida, um dos assaltantes agarrou a tesoureira pelo cabelo e a forçou a abrir o cofre.

A bancária foi obrigada a colocar o dinheiro em uma mochila. Os assaltantes então trancaram todos os funcionários na sala da Tesouraria e fugiram. Eles também levaram os coletes e armas dos vigilantes. Durante o assalto, que levou cerca de sete minutos, os bandidos agrediram um dos vigias a chutes.

Segundo informações do Sindicato dos Bancários de Pelotas, esta agência já foi assaltada várias vezes. O último ataque ocorreu há cerca de dois anos. A Polícia Civil ouviu alguns funcionários do banco no início da tarde e agora investiga o caso.

Até o fechamento desta matéria o banco não havia dado assistência médica ou psicológica aos bancários, que estavam muito abalados. Pelo contrário, a agência funcionou normalmente durante todo o dia.

Omissão

O descaso da maior parte dos bancos com relação à saúde mental dos bancários é evidente. O movimento sindical tem travado uma verdadeira batalha com as instituições financeiras para garantir a emissão da CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho – nestes casos, mas nem sempre isso ocorre. Muitos trabalhadores acabam sofrendo as conseqüências do assalto algum tempo após o trauma, sem conseguir estabelecer a ligação causa/doença mental.

Isto caracteriza o transtorno pós-traumático, que é a perturbação psíquica decorrente e relacionada a um evento fortemente ameaçador. O transtorno consiste num tipo de recordação que é melhor definida como revivescência pois é muito mais forte que uma simples recordação. Na revivescência além de recordar as imagens, o indivíduo sente como se estivesse vivendo novamente a tragédia com todo o sofrimento que ela causou originalmente. Ou seja, é a recorrência do sofrimento original de um trauma, que além do próprio sofrimento, pode desencadear alterações neurofisiológicas e mentais.

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