(Porto Alegre) O vice-governador do Rio Grande do Sul, Paulo Afonso Feijó (PFL) tem dito, em entrevistas, que a gestão de Fernando Guerreiro de Lemos no Banrisul não resistiria a uma auditoria, sem especificar o que pesa contra ele e sem apresentar provas. Desde o dia 15 de dezembro, o vice-governador tem pedido o afastamento de Lemos da presidência do banco. Segundo informações do jornal gaúcho Zero Hora, na última sexta-feira, dia 26, Feijó entregou uma carta à governadora Yeda Crucius acusando Lemos de supostas irregularidades e sugerindo a indicação de um técnico para a presidência do banco.
Na posse do novo presidente da Assembléia Legislativa, ocorrida na quarta-feira, dia 31, o procurador-geral de Justiça, Roberto Bandeira Pereira, perguntou a Feijó o que ele teria de concreto contra Lemos, mas o vice-governador desconversou. Disse que prefere expor suas razões diretamente à governadora.
A diretora da FEEB-RS, Denise Falkenberg Corrêa diz que mais uma vez a imagem do banco dos gaúchos esteja sendo atacada. “Ainda na época da campanha, Feijó anunciava a possibilidade de privatização, depois da posse confirmou as intenções do governo do PSDB/PFL de liquidar o Banrisul para fazer caixa e agora investe contra a direção do banco, sem apresentar provas. É lamentável que o atual governo não respeite o patrimônio dos gaúchos. Se há suspeita de irregularidades na gestão de Fernando Lemos, o vice-governador tem o dever de apresentar provas contundentes”, salienta.
Segundo a dirigente sindical, esta pode ser mais uma das inúmeras tentativas do vice-governador, de desmoralizar o Banrisul como instituição pública. “Feijó quer desgastar o Banco para justificar, no futuro, a sua venda. Ao longo dos últimos anos o Banrisul provou ser uma instituição, viável e de extrema importância para o desenvolvimento do Rio Grande e não pode ser descartado pelo governo do PSDB/PFL”, afirma Denise.
Fonte: FEEB-RS
