UNI lança campanha por acordo global com HSBC e Santander no dia 17

A UNI Finanças, um braço da UNI Sindicato Global, que representa 20 milhões de trabalhadores de cerca de 900 entidades ao redor do mundo, promove na próxima quarta-feira, dia 17, em São Paulo, o seminário de lançamento da campanha mundial por um acordo marco global com o HSBC e o Santander. O objetivo é garantir direitos básicos e conquistas para funcionários destas instituições financeiras em todo o mundo.

O evento ocorre no centro da capital paulista e conta com o apoio da Contraf-CUT, Sindicato dos Bancários de São Paulo, Fetec-SP, CUT e Afubesp.

O ato de lançamento da campanha será presidido pelo chefe mundial da UNI Finanças, o alemão Oliver Roethig. “Queremos mostrar ao HSBC e ao Santander que as entidades sindicais filiadas à UNI estão unidas nessa campanha por um acordo marco global”, afirmou.

Já confirmaram presenças dirigentes de entidades sindicais de 19 países, onde os dois bancos internacionais possuem agências. Do Brasil comparecem representantes de sindicatos, federações e integrantes das Comissões de Organização dos Empregados (COE) do HSBC e Santander.

Segundo o secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Ricardo Jacques, “além de deflagrar a campanha, serão promovidas no dia seguinte reuniões das redes sindicais do HSBC e Santander e no dia 19 uma reunião da Executiva da UNI América Finanças”.

Uma série de encontros preparatórios com as entidades sindicais já foi realizada pela UNI Finanças, como a reunião ocorrida no dia 14 de janeiro, em Madri. Outra atividade importante foi a entrega de documentos para as direções dos bancos em cada país, na semana de 8 a 12 de fevereiro.

Lucros mundiais, direitos desiguais

“Os bancos mulitinacionais têm práticas diferentes nos seus países de origem e nos outros países onde estão operando. Lá eles respeitam os trabalhadores, as entidades sindicais e a sociedade. Na maioria dos países da América Latina e da Ásia, no entanto, eles desrespeitam tudo: os direitos trabalhistas dos bancários, a representatividade dos sindicatos e a população ao cobrarem spreads e juros muito altos e limitarem o crédito”, destaca o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

“Por isso, é importante a unidade mundial dos trabalhadores para conquistar um acordo em nível global”, destaca.

Garantir compromissos dos bancos

O acordo global visa assegurar direitos fundamentais para os trabalhadores dos dois bancos, independentemente dos países onde se encontram estabelecidos, como o direito à organização em sindicatos sem ingerência patronal e o direito à sindicalização, o que significa que nenhum trabalhador poderá sofrer retaliações, repressão e discriminações.

Também são objetivos do acordo global: firmar compromisso dos bancos em respeitar a legislação de cada país, assegurar negociação coletiva e diálogo social permanente em todos os níveis e combater as práticas antissindicais e a precarização do trabalho.

As entidades sindicais buscam negociações para firmar a assinatura do acordo global em 2010, ano em que acontecerá o congresso mundial da UNI. HSBC e Santander foram os bancos menos afetados pela crise financeira e, portanto, não têm razões para negar o atendimento dessa importante demanda dos representantes dos trabalhadores em todo mundo.

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