Sindicatos protestam contra demissões e defendem empregos no Piauí

(Teresina) – Encabeçada pela Central Única dos Trabalhares (CUT/PI e Nacional), juntamente com representantes dos Sindicatos dos Bancários (Seebf/PI), Ferroviários, Comerciários, Trabalhadores na Educação (Sinte), Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro), Servidores Públicos Federais do Piauí (Sinsep) e Policiais Civis e Penitenciários (Simpoljuspi), foi realizada na manhã desta quarta-feira (11/02) uma manifestação em defesa do emprego e salário. A mobilização, que acontece em nível nacional, foi na Praça da Liberdade, no centro de Teresina.

A iniciativa partiu diante da grande repercussão sobre a crise mundial que vem sendo amplamente bombardeada pela mídia, o que vem causando demissões de milhares de trabalhadores.

Segundo o diretor de Políticas Sociais do Seebf/PI, João Neto, os números divulgados não refletem a realidade e não estão afetando assim todos os setores. “No que se refere ao setor automotivo no Brasil, por exemplo, houve queda na produção, no entanto, as vendas tiveram aumento”, diz mencionando que tem empresa se aproveitando da situação para demitir funcionário ou reduzir os salários. “A CUT não vai aceitar a redução de salários, até porque isso é inconstitucional, mas defendemos redução da jornada de trabalho”.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, José Ulisses de Oliveira, falou sobre as privatizações e fez um resumo da situação dos bancos no Estado. “Precisamos de mais empregos, salários e dignidade”, pondera.

Diante das diferenças, para ele, os setores públicos e privados deveriam ter o mesmo tratamento. “Esse é um alerta para sociedade diante da crise. Não queremos demissões e sim diminuição da jornada de trabalho”, acrescenta, informando que os trabalhadores devem estar unidos neste momento para que se consiga alcançar os mesmos objetivos.

Com o tema “A classe trabalhadora NÃO vai pagar a conta”, a manifestação da CUT nacional defende a manutenção do emprego e repudia a redução de salários através de negociações entre empresa e sindicato. No que se refere ao Piauí, a orientação da CUT é que não se

Antônia Ribeiro, secretária de Mulheres da CUT/PI, disse que as entidades que representam os trabalhadores não vão permitir a retirada dos direitos conquistados com muito sacrifício e luta. “Esta conta não é do Brasil e nem do Piauí”, justifica a sindicalista.

Já o secretário de Formação Política do Sindicato dos Rodoviários, Elivan dos Santos, mostrou a indignação da entidade contra o setor patronal que demite sem justa causa. “Como é que existe crise se o que estamos vendo são lojas e empresas sendo instaladas em vários lugares e mesmo assim, trabalhadores estão sendo demitidos?”, questiona ele. “Vamos às ruas protestar, porque essa luta não é somente dos sindicatos, mas também da classe trabalhadora e da sociedade brasileira”, conclui.

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