Sindicato do Rio participa de ato da CUT realizado em frente à Vale do Rio Doce

O Sindicato dos Bancários do Rio participou ontem (11), da manifestação nacional em defesa do emprego e dos direitos trabalhistas. O ato, convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), aconteceu em frente ao prédio da Vale do Rio Doce, empresa privatizada pelo governo Fernando Henrique Cardoso em 1997.

“Bancos como o HSBC e o Santander demitem sem levar em consideração os lucros recordes que acumularam nos últimos anos. Não vamos aceitar que os trabalhadores paguem por uma crise criada por especuladores”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Vinicius de Assumpção. O diretor da entidade Almir Aguiar concorda. “Compromisso social não é fazer publicidade de ações isoladas mas principalmente fazer o dever de casa de garantir o emprego e os direitos dos trabalhadores”, ressalta.

Oportunismo

Os sindicalistas criticaram os empresários que se aproveitam da crise financeira internacional para demitir funcionários e tentar acabar com direitos conquistados pela classe trabalhadora. “A posição de empresários como a do presidente da Vale, que neste momento de crise defende o fim dos direitos trabalhistas, é oportunista”, criticou o presidente nacional da CUT, Artur Henrique, referindo-se à declaração de Roger Agnelli feita em dezembro do ano passado, quando ele pediu ao presidente Lula a “suspensão” das leis trabalhistas.

O cutista lembrou que metalúrgicos chegaram a trabalhar aos sábados para garantir a entrega de automóveis ao mercado provando que as empresas acumularam muito dinheiro e não têm por que demitir. Henrique criticou ainda setores do movimento sindical que se negam a negociar e defendeu a unidade dos trabalhadores. “Não podemos ser contra tudo e contra todos e colocar em risco o emprego das pessoas. É fundamental nesse momento a mobilização, mas também manter o canal de negociações com os patrões”, completa.

O ex-deputado federal Vladmir Palmeira (PT) disse que o ato é fundamental no atual contexto de crise internacional. “É preciso exigir das empresas que buscam dinheiro público contrapartidas sociais, como a garantia no emprego”, afirma.

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