O recado dos bancários e bancárias para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) está mais do que claro. Ou a proposta para reajuste salarial melhora ou a greve vai continuar. Ontem (21), novamente os patrões ofereceram quase nada se comparado aos lucros exorbitantes que estão obtendo. A resposta do Comando Nacional dos Bancários foi de novamente rechaçar essa oferta. Hoje (22), haverá nova rodada de negociação, em uma reunião em São Paulo, a partir das 17h.
Se os banqueiros estavam apostando em algum enfraquecimento da paralisação da categoria, se deram mal. Mais trabalhadores estão fazendo parte deste movimento. Os dados de hoje revelam que a base da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR) mostram que já são mais de 20,4 mil bancários e bancárias e 827 agências e 11 centros administrativos parados.
Os sindicatos de Apucarana, Arapoti, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Guarapuava, Londrina, Paranavaí, Toledo e Umuarama, somados, contam com 5.407 trabalhadores e trabalhadoras e 467 agências em greve. Em Curitiba e região, já são mais de 15 mil bancários e bancárias em greve e 360 agências com atividades paralisadas.
O presidente da Fetec-PR, Junior Cesar Dias, exalta a força da categoria diante da arrogância dos banqueiros. “Tudo o que a gente conquistou foi por meio de muita luta. Não seria diferente desta vez. Estamos mostrando a nossa união e nossa força para os patrões, que não estavam nos levando a sério na campanha salarial, nos oferecendo reajustes que só trariam prejuízos aos bancários e bancárias. Não é justo que a categoria traga todo este lucro aos bancos e eles queiram nos ignorar. Enquanto essas propostas não melhorarem, estaremos pronto para continuar com a greve”, afirmou.
