Seeb-MT protesta em frente ao Real e Santander contra demissões

Dirigentes do Sindicato dos Empregados e Trabalhadores dos Estabelecimentos Bancários e do Ramos Financeiro do Mato Grosso (Seeb-MT) e bancários com faixas com o slogan ” Santader: Chega de demissões! Respeite o Brasil e os brasileiros” fizeram um ato de protesto em frente aos bancos Santander e Real em Cuiabá. Os bancários colocaram 400 cruzes negras em frente aos bancos e com carros de som tocaram marcha representando as demissões realizadas pelas duas instituições.

A mobilização ocorreu na manhã de hoje, em frente a praça Alencastro, na região central de Cuiabá em forma de protesto contra as mais de 400 demissões ocorridas após a fusão das duas instituições.O ato faz parte do dia nacional de luta contra as demissões em função da fusão entre os bancos Santander e Real. O banco Santander teve lucro de R$ 2,8 bilhões no ano passado e abrirá mais uma agência em Mato Grosso. O curioso é que a agência do banco Real onde foi feito o protesto é a sétima maior agência da instituição no Brasil. O banco é forte e mesmo assim o Santander quer demitir os bancários no país.

Durante o protesto foi feito um minuto de silêncio em protesto as demissões participaram também da mobilização bancários do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, representantes do sindicato dos jornalistas e dos professores, além de representantes do Instituto de Defesa do Consumidor.

Segundo o presidente do Seeb-MT, Arilson Silva, essas demissões ocorrem quando os dirigentes sindicais estavam em um processo de conversação com a direção do banco para que juntos encontrassem alternativas para evitar a demissão dos bancários.” Os bancários de MT querem respeito da direção do Santander. Afinal de contas a crise não foi provocada por nós e não diminuiu os lucros dos bancos, ainda são os maiores do mundo. O sistema financeiro brasileiro é diferente dos norte-americano e europeu, ou seja, aqui os bancos estão bem mais estruturados e seus spread são os maiores do mundo dessa forma não sofrem com o impacto dacrise”, explica Silva.

Uma bancária do Real que não quis se identificar disse que só através desses protestos que as demissões cessarão. “Temos medo dessa fusão, estão usando a crise para nos demitir”, explica a bancária.

A diretora do Seeb-MT e funcionária do banco Real, Nice Pereira, lembra que as demissões ainda não foram feitas aqui em Mato Grosso e sim nos grande centros.”Vamos lutar para essa prática arbitrária das demissões não ocorram aqui”, explica.

Os números dos resultados publicados pelo Santander não batem e ocorreu uma brusca involução do lucro nos dois últimos meses do ano, da ordem de R$ 2 bilhões. Em novembro, por meio de uma nota à imprensa, o Santander afirmou que obteve R$ 4,39 bilhões nos nove primeiros meses de 2008. Mais R$ 529 milhões figuram no balanço como lucro do quarto trimestre, o que totaliza R$ 4,826 bilhões. Ou seja, faltam R$ 2,07 bilhões. Essa diferença garantiria aos bancários o pagamento do adicional à PLR conquistado na última campanha nacional, bem como os 2,2 salários da regra básica. Agora, por conta desse balanço, a PLR estão sendo pagas apenas pela regra básica, ou seja, 45% do salário mais R$ 483, e que não haverá parcela adicional porque, segundo o banco “não houve crescimento do lucro”.

O Seeb-MT também fez várias reuniões nas ageências dos dois bancos com o objetivo de mobilizar os bancários e distribuiu uma carta aberta à todos que passavam pelas duas agências.

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