Santander muda pontuação da renda variável e frustra bancários

O Santander mais uma vez age contra os interesses de seus trabalhadores. O ataque agora vem dos programas de remuneração variável. O banco decidiu elevar as metas de produção e alterar a forma e a pontuação dos programas. Com isso, muitos gerentes não atingirão os pontos necessários para ganhar alguma renda extra.

Segundo denúncias de vários colegas, o Santander alterou o cálculo da média de pontos no primeiro trimestre. Antes, se alguém saía de férias, esse mês não era considerado. Agora, mesmo sem trabalhar, o banco divide por três meses, baixando a pontuação. Além disso, o número mínimo de pontos para ter renda variável, que era de 80, foi elevado para 100.

“O pior é que essas mudanças são retroativas a janeiro, apesar de terem sido divulgadas após o final do trimestre. Pelas minhas contas, eu tinha batido as metas e teria direito à renda variável, mas agora vejo que me passaram a perna e nada vou receber”, desabafa uma gerente indignada. “Isso não pode ficar assim”, protesta.

“Mudar regras no meio do jogo é mais um enorme desrespeito do banco a quem corre diariamente atrás das metas abusivas para garantir o seu emprego e fazer o banco crescer no mercado”, avalia o funcionário do Santander e diretor do SindBancários e da Afubesp, Ademir Wiederkehr.

“Essas alterações serão cobradas do banco na próxima terça-feira, na reunião da CRT”, garante Paulo Stekel, da diretoria executiva da Contraf-CUT e funcionário do Santander. “O banco não pode fazer esse tipo de coisa com os trabalhadores, ainda mais dessa forma, com alterações retroativas. Vamos exigir a revisão dessas regras”, afirma.

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