Santander “convida” bancários a trabalhar neste domingo mas não garante folga

O Santander está “convidando” funcionários para trabalhar neste domingo, dia 28, na simulação da integração tecnológica das agências do Real, exceto os caixas e os trabalhadores na cidade do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo banco espanhol após ter sido questionado pelos dirigentes sindicais, durante a reunião do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT), ocorrida na quinta-feira, dia 25, em São Paulo.

A Contraf-CUT, entidades sindicais e Afubesp reivindicaram que as simulações sejam previamente negociadas com os sindicatos e que sejam garantidos os direitos dos trabalhadores, como horas extras a 100%, transporte e alimentação, bem como um dia de folga como abono. E que as simulações sejam feitas em horários compatíveis com a jornada normal do trabalhador, e não mais de madrugada como aconteceu em várias agências. O banco ficou de apresentar uma resposta o mais breve possível.

Em contato realizado nesta sexta-feira dia 26, o banco assegurou o pagamento das horas extras, transporte e alimentação, bem como segurança, através da presença de vigilantes. “Já o pedido de um dia de folga não foi garantido para quem trabalhar em pleno dia de descanso do bancário”, lamenta o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. O banco disse que o tema continua em estudo.

Conforme documento do Santander exibido pela diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa, durante a reunião do CRT, o banco pagou horas extras e concedeu um dia de folga, em abril de 2006, por ocasião do processo de integração tecnológica das agências do Banespa.

“A concessão de uma folga abonada é importante para recompensar o trabalhador, responsável pelo pujante resultado do Santander no Brasil, que no terceiro trimestre deste ano garantiu 30% do lucro mundial do banco no mundo”, salienta o diretor da Contraf-CUT.

Os sindicatos estão acompanhando a simulação em todo o país, embora muitos não foram comunicados pelo banco. “Ainda não tomamos conhecimento do período da simulação, mas esperamos que haja bom senso do banco e os horários sejam compatíveis com a jornada normal de trabalho”, conclui Ademir.

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