Rio: Doenças psicológicas são as que mais afetam os bancários do Itaú

O trabalho estressante dos bancários afeta mais o lado psicológico que o físico. Este é o resultado de uma pesquisa realizada este ano pelo Sindicato entre 441 bancários do Itaú.

A pesquisa utilizou o método do Projeto Vida Viva, que consiste em apresentar ao entrevistado uma pergunta com duas alternativas de resposta. Numa urna transparente, foram colocadas fichas de duas cores, as vermelhas para quem se sentisse mais afetado no lado psicológico, e as azuis para quem se considerasse mais prejudicado fisicamente.

Houve quem afirmasse ser afetado tanto psicológica como fisicamente. Mas alegavam que ficavam muito nervosos e ansiosos diante das cobranças cada vez mais agressivas dos gestores, das pressões pelas metas sempre mais inatingíveis e do medo de perder o emprego. Enfim, o assédio moral afeta o equilíbrio psicológico dos bancários, facilitando o aparecimento de várias doenças, especificamente físicas, o chamado efeito psicossomático. A baixa auto-estima debilita as defesas do organismo e abre caminho para as enfermidades. “Os dados da pesquisa confirmam a triste realidade do alto índice de doenças ocupacionais no Itaú, fato que nós denunciamos há anos”, afirma a diretora do Sindicato Adriana Nalesso.

O Sindicato enviou o resultado da pesquisa ao Itaú e solicitou reunião para tratar do assunto, sem todavia obter qualquer resposta. Por causa dessa insensibilidade do banco, a entidade priorizou a discussão das questões de saúde e condições de trabalho. O Sindicato não vai se calar vendo a saúde dos bancários ser destruída. Afinal são trabalhadores dedicados, comprometidos com o bom desempenho da empresa, que obtém lucros cada vez maiores.

Estatística – O Itaú emprega cerca de 4 mil bancários no município do Rio. Nos últimos quatro anos, o número de licenciados variou de 563 a 606, 14,07% a 15,15%. A variação de licenciados é de 33% a 36% de homens e 67% a 64% de mulheres.

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