Real-ABN: Ganhos devem ser revertidos em mais contratações

O banco Real-ABN divulgou seus dados de desempenho nessa quinta-feira. O banco apresentou um lucro líquido de R$ 652 milhões no primeiro trimestre de 2008, um aumento de 5% em relação ao resultado de R$ 622 milhões de igual período em 2007. Se desconsiderado os impactos dos eventos não recorrentes (venda da participação na Visa Internacional) ocorridos no primeiro trimestre de 2008, o lucro recorrente é de R$ 573 milhões.

Um dado positivo divulgado pelo banco foi o crescimento do número de funcionários, que passou de 30.532 em março de 2007 para 33.202 em março de 2008, registrando um aumento de 8,7% no período. “A contratação de novos bancários é um movimento importante, que precisa se manter, especialmente agora que a fusão com o Santander está na iminência de sua completa implementação”, defende Deise Recoaro, secretária de Formação da Contraf-CUT e funcionária do banco. “O crescimento de 23,45% nos ativos do banco e o aumento significativo na carteira de crédito mostram que a situação é boa e ainda tende a melhorar. Isso precisa se reverter para os funcionários na forma de melhores condições de trabalho e mais remuneração”, avalia.

Veja a seguir os principais destaques do balanço:

1. O patrimônio líquido era de R$ 12,782 bilhões em 31 de março de 2008, com retorno recorrente anualizado sobre o patrimônio líquido médio de 18,4% e retorno sobre o patrimônio líquido médio de 20,9%. O PL apresentou aumento de 25,33% em relação ao PL de R$ 10,199 bilhões de março de 2007.

2. Os ativos totais chegaram a R$ 162,118 bilhões em março de 2008, 23,45% maior do que os R$ 131,327 bilhões do mesmo período de 2007.

3. A carteira de crédito, incluindo fianças e avais, apresentou saldo de R$ 75,908 bilhões no primeiro trimestre de 2008, aumento de 33,28 % em relação ao saldo de R$ 56,952 bilhões do mesmo período de 2007. Os destaques foram as operações de empréstimos para pequenas e médias empresas com evolução de 43,39% na carteira de crédito (de R$ 8,5 bilhões em março de 2007 para R$ 10,46 bilhões em março de 2008) e as operações de crédito ao consumo (pessoa física), com evolução de 32,13% na carteira de crédito (de R$ 23,291 bilhões em março de 2007 para R$ 30,744 bilhões em março de 2008). A carteira de crédito de pessoa jurídica evoluiu 34,7% (de R$ 25,878 bilhões em março de 2007 para R$ 34,854 bilhões em março de 2008).

4. As despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa aumentaram de R$ 485 milhões no primeiro trimestre de 2007 para R$ 741 milhões no primeiro trimestre de 2008, aumento de 53% em razão do aumento da carteira de crédito. Todavia o índice de inadimplência total melhorou, reduzindo de 3,3% em junho de 2007 para 2,9% em março de 2008.

5. As receitas de prestação de serviços (RPS) aumentaram 16% (de R$ 860 milhões em março de 2007 para R$ 997 milhões em março de 2008).

6. As receitas de operações de seguro, capitalização e previdência alcançaram R$ 44 milhões em março de 2008, resultado 14% superior aos R$ 38,7 bilhões de março de 2007.

7. As despesas de pessoal aumentaram em 18,69% (de R$ 611,671 milhões em março de 2007 para R$ 725,970 milhões em março de 2008) e as despesas administrativas aumentaram 18,55% (R$ 865,479 milhões em março de 2007 para R$ 1,026 bilhões em março de 2008).

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