Itaú não garante segurança nas agências de negócios em Belo Horizonte

Banco frustra mediação com Sindicato na SRTE-MG e luta continua

Em mais uma demonstração de intransigência e desrespeito com a categoria, o Itaú não apresentou nada ao Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte na segunda mediação para resolver o problema da segurança na agência de negócios em Belo Horizonte realizada nesta quarta-feira, dia 3, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-MG). O banco se limitou a explicar aos representantes dos funcionários o que é a agência de negócios e insistiu em manter seus empregados trabalhando totalmente sem segurança.

O novo modelo, que vem sendo implantado em todo o país, extingue os postos de trabalho dos caixas e dos vigilantes e retira a porta giratória das agências. Isso coloca em risco os funcionários da área comercial, já que a porta da unidade fica aberta sem qualquer mecanismo que possibilite identificar se quem entra na agência está ou não portando arma.

A mediação desta quarta foi a segunda tentativa de negociação do Sindicato com o banco na SRTE-MG, após o Itaú ter afirmado que não recebeu a convocação oficial para o dia 29 de maio. Com o impasse e a resistência do banco em negociar, a mediadora afirmou que a questão será encaminhada ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para reforçar denúncia já encaminhada pelo Sindicato e para que sejam tomadas as próximas providências.

Mobilização

Desde o dia 28 de abril, o Sindicato pressiona o Itaú e mantém paralisadas as atividades da agência 3161-BH-Cidade Administrativa.

A entidade também encaminhou denúncias à SRTE-MG, à Polícia Federal e ao MPT. Mostrando seu desrespeito aos trabalhadores, o Itaú já tentou impetrar ação de interdito proibitório para forçar a abertura da agência, mas o mesmo foi negado pela Justiça.

Apesar de o Itaú dizer que conseguiu aprovação de projeto de segurança e autorização da Polícia Federal para que a agência de negócios funcione, ele certamente deve ter omitido que, no interior da agência, ainda ficaram os caixas automáticos que guardam numerários de depósitos ou para saques. Diante disso, o procedimento de funcionamento fere os artigos 1º e 2º da lei federal 7.102/83, que obriga que as instituições financeiras tenham a presença de vigilantes para funcionar.

Além disso, o Itaú desrespeita a Portaria 3.233 da Polícia Federal, Artigo 111, que diz que “as salas de autoatendimento quando contíguas às agências e postos bancários integram sua área e deverão possuir, pelo menos, um vigilante armado ostensivo e com colete à prova de balas, conforme análise feita pela Delesp ou CV por ocasião da vistoria do estabelecimento”.

Outra informação apurada pelo Sindicato é que o Itaú manterá um funcionário para processar pagamentos de venda de produtos a clientes selecionados, o que também discrimina outros clientes e usuários. O banco, sendo uma concessão publica, é obrigado a atender a todos igualmente.

O Sindicato orienta que os clientes liguem para o SAC do Itaú e para o Banco Central e que exerçam seu direito de exigir respeito por parte do banco, que deixou de atender a população na agência de negócios, mas continua cobrando tarifas elevadas.

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