Itaú desrespeita bancários e clientes da agência São Sebastião em Brasília

Precárias condições de trabalho afetam funcionários e clientes

Filas enormes, muitas reclamações e um calor insuportável. Esse foi o cenário lamentável que os diretores do Sindicato dos Bancários de Brasília e da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) encontraram na agência do Itaú da região administrativa de São Sebastião, nesta segunda-feira (5), à tarde, durante visita de rotina. A falta de respeito com os clientes e usuários e o excesso de trabalho imposto aos bancários ficaram evidentes.

Os dirigentes sindicais orientaram a clientela a denunciar as irregularidades ao Procon (telefone 151) e ao Banco Central (0800 979 2345). E esclareceram ainda que o péssimo atendimento deve-se à falta de funcionários.

“Os bancários não têm culpa. Pelo contrário, estão adoecendo por conta da sobrecarga de trabalho. E os banqueiros, com os lucros cada vez mais altos, nem se preocupam em solucionar essa questão”, informou Conceição Costa, diretora da Fetec-CUT/CN e bancária do Itaú.

Já o diretor do Sindicato, Roberto Alves, que também é funcionário do Itaú, disse que o banco precisa tomar medidas urgentes para solucionar o problema do ar condicionado, embora o gestor da agência tenha informado que já providenciou a reposição da peça danificada. Apesar da promessa, o Sindicato está atento e continuará cobrando a resolução do problema.

A contratação de mais funcionários também é considerada prioridade, na opinião de Roberto Alves, também conhecido como Robertinho. Ele observa que várias agências estão nesta mesma situação. “Além disso, a falta de investimentos na qualidade de trabalho do bancário é uma questão muito grave, uma vez que ele é o maior patrimônio da empresa”, avaliou o dirigente sindical.

Reclamações

“Estive aqui hoje pela manhã para fazer uma transferência, mas não consegui. O atendimento estava muito demorado. Já fui à minha casa almoçar, retornei e estou na fila há mais de uma hora. A minha senha é 88 e ainda está no número 56. Ou seja, a situação continua a mesma”, reclamou a dona de casa Ivanildes Dias, 56 anos.

A moradora de Belém (PA), que está passando uns dias na casa da irmã, também observou que o serviço está deixando a desejar em vários setores do banco. Ela conta que solicitou um cartão de crédito há mais de um mês, já recebeu a senha, mas até agora o cartão não chegou.

Luzinete de Oliveira, 44 anos, também dona de casa, chegou na agência do Itaú às 13h30. Ela estava na fila havia duas horas e, pior, sem nenhuma perspectiva de ser atendida. “Só tem uma atendente e ela vai passando todos os preferenciais na frente. Acho isso errado, porque a gente sai prejudicada”, assinalou, lembrando que todo mês, quando ela vai receber o benefício, a situação se repete. “É um descaso total e muita falta de respeito”, lamentou.

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