Greve Nacional: um giro pelo Nordeste

PERNAMBUCO

Cerca de mil bancários, apoiados pelos movimentos sociais, representantes de sindicatos, de partidos políticos e parlamentares de esquerda caminharam ontem pelo Centro do Recife em protesto contra a ganância dos banqueiros. Animados por um mini trio, e portando nariz de palhaço, os manifestantes percorreram os cerca de 3 km que separam o Sindicato da categoria da agência do Bradesco no Bairro São José. Por volta do meio dia, a agência, tida como a maior do banco na América Latina – e onde está o Departamento Jurídico da empresa -, foi ocupada pelos grevistas, ao som de apitos e cornetas. Não mais funcionou pelo resto do dia. Nos bancos públicos, o movimento cresceu graças ao interior, particularmente no Agreste e no Sertão.

 

CEARÁ

No Ceará, em todas as agências da capital apenas os caixas-eletrônicos estavam funcionando para não prejudicar os pagamentos de aposentados, pensionistas e beneficiários do Bolsa-Família. Os interditos proibitórios em quatro bancos – Bradesco, ABN Real, HSBC e Itaú, não fizeram arrefecer os ânimos dos bancários cearenses. Utilizando-se de recurso judicial e de aparato policial, os banqueiros quiseram intimidar os trabalhadores para pôr fim ao movimento grevista, que desde as primeiras horas de ontem foi forte tanto na capital como no interior. Para se ter uma idéia, a greve atingiu 80% dos bancários de Fortaleza e 60% do Interior.

 

BAHIA

Na Bahia, desde ontem a paralisação por tempo indeterminado dos bancários atinge também a rede privada. Depois de mais de uma semana com os bancos públicos fechados, os bancários ampliaram e intensificaram as paralisações para os bancos privados. No interior baiano, a greve é forte em Feira de Santana, Vitória da Conquista, Itabuna, Ilhéus, Jequié, Jacobina, Extremo Sul e Irecê. Em Vitória da Conquista ficaram paradas as agências do Banco do Brasil, CEF, HSBC, BNB, Itaú e Mercantil. Duas agências do Bradesco ficaram paradas e 1 funcionou precariamente. Mais uma vez o Bradesco tentou pressionar os bancários para que entrassem para trabalhar, mas a categoria não furou a greve. A pressão foi de ligações para celulares até a "conversa" de gerentes com funcionários do lado de fora da agência, como flagrado pelo sindicato.

 

PARAÍBA

No seu terceiro dia de greve, a categoria bancária de Campina Grande(PB) manteve a paralisação em 100%. Diretores do Sindicato continuaram com manifestações em frente às agências. A população continua sendo informada sobre os motivos do movimento paredista. Amanhã as agências bancárias na cidade continuarão fechadas.

 

MARANHÃO

Em todo o Estado, 100% das agências da Caixa pararam ontem e 50% do banco do Brasil. Além da capital São Luís, a greve atinge Açailândia, Aldeias Altas, Bacabal, Bacuri, Balsas, Carolina, Caxias, Codó, Coroatá, Grajaú, Imperatriz, João Lisboa, Mangabeiras, Pedreiras, Pindaré-Mirim, Pinheiro, Rosário, São José de Ribamar, São Mateus, Santa Inês, Santa Helena, Santa Luzia, São Luís Gonzaga, Tasso Fragoso e Timbiras.

 

Fonte: Sindicatos

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