Greve dos bancários paralisa centro financeiro do Rio e é forte em toda a cidade

A greve nacional dos bancários é um sucesso. No Rio, a adesão da categoria foi quase que total, na avaliação do Sindicato. No centro financeiro da cidade, a adesão chegou a 100%. A greve foi forte também nas zonas Sul, Norte e Oeste, cuja adesão está em torno de 80%. Em todo o país, cerca de 300 mil trabalhadores de bancos públicos e privados teriam aderido à greve por tempo indeterminado, que foi aprovada em assembléias realizadas na última terça-feira, dia 7.

As reivindicações

Apesar dos lucros recordes, os bancos ofereceram um reajuste de 7,5% sobre todas as verbas salariais, inclusive a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O índice representa um ganho real de apenas 0,35% em relação à inflação do período que foi de 7,15%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os bancários defendem 13,23% de reajuste e um aumento real mínimo de 5%, além da valorização dos pisos salariais, fim das metas abusivas e do assédio moral. Os trabalhadores querem ainda um novo modelo de PLR, de três salários mais R$3.500 (sem limitador e sem teto). A categoria defende também R$17 de tíquete-refeição por dia e um auxílio-alimentação de R$415 (valor de um salário mínimo).

Bancos lucram mais

A rentabilidade sobre o patrimônio líquido dos bancos brasileiros disparou nos últimos seis anos, desde o início do governo Lula, atingindo o pico de 21,7% em 2008. Já as instituições financeiras americanas viram seus lucros despencarem este ano para o patamar de um dígito, ficando em torno de 8,9% este ano. A redução dos ganhos dos bancos americanos se acentuou desde o ano passado, quando eclodiu a crise do setor de crédito imobiliário nos EUA. O Sindicato avalia que o crescimento dos lucros no setor financeiro no primeiro semestre deste ano comprovam que a crise mundial não serve de justificativa para que os bancos não atendam as reivindicações da categoria. A própria Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) confirmou à imprensa que os bancos não foram afetados pela crise internacional.

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