Governadora Ana Júlia assume compromissos com Banpará e Basa

(Belém) No que depender da governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), o Banco do Estado do Pará e o Banco da Amazônia serão fortalecidos e não entrarão no jogo das fusões entre bancos públicos, como vem acontecendo em outros Estados. Esse compromisso foi firmado na tarde de ontem (10) durante a audiência na Casa Civil entre a governadora, a direção do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá e a direção do Banco do Estado do Pará.

Na reunião, o Sindicato colocou sua preocupação com as constantes noticias que têm circulado na imprensa sobre fusões e incorporações entre bancos públicos, como os casos do Banco de Brasília (BRB) e o Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) que provavelmente devem ser incorporados pelo Banco do Brasil. Esse quadro tem gerado inquietação na direção do Sindicato quanto ao futuro do Banpará e Banco da Amazônia.

A governadora ressaltou que reconhece a importância do Banpará e do Banco da Amazônia para o desenvolvimento do Estado e da Região e que o fortalecimento de ambos faz parte do seu programa de governo, sendo esse assunto amplamente divulgado durante sua campanha.

No caso do Banco do Estado, Ana Júlia informou que já foi procurada por vários bancos públicos e privados para fazer o consignado aos servidores estaduais através desses bancos, mas negou essa possibilidade a todos, indistintamente, informando que seu objetivo é fortalecer o Banpará para que este seja o agente promotor do desenvolvimento do Estado.

Endividamento
O sindicato solicitou a interferência da governadora no sentido de solucionar a situação de endividamento dos servidores do Banco do Estado e propôs como alternativa uma taxa de juros que possibilite o desafogamento dos empregados. Esse assunto também vinha sendo discutido durante as mesas de negociação específica no Banpará.

A governadora imediatamente pediu ao presidente do Banpará, Edílson Rodrigues de Sousa, que também participara da audiência, que o banco forme uma comissão para apresentar a ela um estudo sobre o tema.

Edílson informou que será criado Grupo de Trabalho para estudar o endividamento dos funcionários do banco e que será dada atenção especial à segurança nas agências, principalmente no interior do Estado. Ele aproveitou para elogiar a postura coerente e respeitosa dos sindicalistas e o apoio recebido por toda equipe do governo do Estado, imprescindíveis para os avanços já conquistados pelo banco.

Campanha Salarial
O presidente do Sindicato dos Bancários PA/AP, Alberto Cunha (Betinho), elogiou a forma como a direção dos dois bancos dialogou com o Sindicato nas mesas de negociação da Campanha Nacional desse ano. Betinho disse que as discussões com ambos os bancos transcorreram de forma respeitosa e transparente e considera que isso se deveu ao fato de hoje o Pará ter um novo governo, com uma gestão efetivamente democrática.

“Os empregados do Banpará e do Banco da Amazônia saíram dessa campanha com conquistas históricas. Os servidores do Banpará, por exemplo, estarão sendo amparados pela primeira vez pela convenção nacional da categoria. Isso significará um aumento salarial de 6%, mais 40% do salário como participação nos lucros e resultados, somados a R$ 878,00 – de forma linear”, explica Betinho.

A governadora também salientou a luta responsável da categoria por melhorias salariais. “O banco tem uma situação especial e os servidores a conhecem, por isso também querem preservá-lo e este governo também. Vamos quebrar alguns paradigmas para que o Banpará seja um banco de desenvolvimento. Esse é um desafio. Se os servidores e governo do Estado não forem parceiros, o Banpará não sobrevive”, ressaltou Ana Júlia, reforçando que o acordo a ser assinado é o melhor dos últimos anos.

PLR
Sobre o fechamento de acordo com relação à Participação nos Lucros e Resultados (PLR) a ser paga pelo Banpará, Ana Júlia informou que só foi possível pagar uma PLR maior esse ano porque o Banco deu um lucro maior, resultado da ação da nova diretoria e do esforço dos funcionários do banco, os quais, segundo a governadora, “sempre estão prontos pra fortalecer o banco através de seu trabalho”.

Segurança
Como não poderia deixar de ser, o assunto segurança também foi pautado na reunião com a governadora. Alberto Cunha falou que o Sindicato percebeu uma mudança substancial na forma de atuação da policia no acompanhamento das mobilizações da greve, pois “em nenhum momento a polícia compareceu para reprimir o movimento dos trabalhadores, diferentemente de outros anos, quando os grevistas eram tratados como criminosos e até com violência”, ressaltou.

Betinho disse ainda estar acompanhando o trabalho investigativo da polícia estadual no sentido de prevenir o crime organizado, além de desmontar a ação de quadrilhas de assalto a bancos no Pará. Mesmo com esse importante trabalho, o presidente do Sindicato revelou estar preocupado com os sucessivos casos de assalto a bancos, tanto na capital quanto no interior do Estado, muitos até seguidos de seqüestro de empregados e de seus familiares. Ele solicitou uma atenção especial do governo para essa área e apontou como ponto importante a instalação de portas de segurança em todas as agências bancárias do Estado.

Fonte: Seeb PA/AP

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