Funcionários do BRB apreciam PCCR em assembleia nesta quarta

O Sindicato dos Bancários de Brasília realiza nesta quarta-feira (2) assembleia dos funcionários do Banco Regional de Brasília (BRB) para avaliar a proposta final de Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) apresentada pelo banco. A assembleia ocorre às 18h30 no Edifício Brasília. Na ocasião, será discutida e deliberada a referida proposta.

A proposta final apresentada pelo banco, em negociação feita na segunda-feira 23, foi aprovada pela Diretoria Colegiada (Dicol) em reunião realizada na terça-feira 24.

Na quarta-feira 25, o Sindicato realizou reunião com os delegados sindicais e apresentou a estes a proposta. Dando sequência, agora será realizada assembleia para deliberação.

Os 48 padrões serão divididos em três classes (A, B e C), com interstícios de 1,2%, 1,0% e 0,8%, respectivamente. O enquadramento nos respectivos padrões será feito pelo padrão hoje ocupado pelos funcionários.

Até o 16 serão enquadrados nos padrões da classe A. Do 17 ao 30, serão enquadrados nos 16 padrões da classe B, com exceção daqueles que contam mais de 30 anos de trabalho, cujo enquadramento será pelo tempo de serviço, podendo ser enquadrados na classe C que também terá 16 padrões, conforme já divulgado pelo Sindicato.

Ocorrerão duas formas de transposição entre as classes: por antiguidade, uma vez por ano (automática) e por merecimento, a cada dois anos, conforme critérios específicos.

Jornada de 6 horas

Conforme já divulgado, as funções de: especialista de crédito, especialista de risco, operador financeiro, supervisor de processos, assistente administrativo e secretária (o) terão suas jornadas enquadradas na jornada dos bancários, que é de 6 horas.

Este enquadramento representa uma redução de 25% da jornada. No novo PCCR, todos os ocupantes das funções acima citadas terão reduções na remuneração que variam de 0,4% a 20,06 %, sendo que a maioria será inferior a 12%, ou seja, inferior à redução de até 25% permitida pela legislação quando ocorre redução de jornada.

Especificamente sobre os ocupantes das funções de especialista de risco e operador financeiro, o Sindicato reivindicou o enquadramento como especialistas plenos no novo PCCR, cuja remuneração será de R$7.500,00 (o que daria uma redução na remuneração de 8,85%), porém o banco negou e afirmou veementemente que não abre mão de delegar a cada diretor, a prerrogativa de determinar quem dentre estes funcionários serão especialistas plenos ou juniores (os juniores terão remuneração de R$6.800,00 – uma redução de 20,06%)

Auxiliares administrativos:

Relativamente a estes, a proposta avançou significativamente. Na primeira, o banco apresentou uma indenização de R$800,00 por um período de 6 meses. Na segunda, uma indenização de R$1.080,00 por 12 meses. Por fim, o banco acatou reivindicação de pagar uma indenização de R$1.300,00 (90% da atual gratificação) por um período de 6 meses, e de R$1.080,00 (75% da atual gratificação) por mais 12 meses após estes primeiros 6 meses, perfazendo um total de 18 meses de indenização.

Enquadramento nas FG’s

O enquadramento nas diversas funções comissionadas, com os critérios de equivalência de funções para enquadramento no novo PCCR estão disponíveis na página do Sindicato. Basta acessar www.bancariosdf.com.br , e clicar sobre a matéria enquadramento nas funções comissionadas.

“A proposta representa um ganho importante. Pela primeira vez temos critérios de encarreiramento claros no BRB.Por outro lado resolvemos a questão da 7ª e 8ª horas negociando, fato inédito no Brasil” ressalta André Nepomuceno, secretário geral do Sindicato e funcionário do BRB.

“Enfim, o problema de estacionamento na carreira com o limite de 30 padrões fica superado com esta proposta”, acrescenta Cida Souza, diretora do Sindicato.

A solução da 7ª e 8ª horas no PCCR não elimina o direito dos funcionários que hoje fazem 8 horas, de reivindicarem na justiça esta reparação” lembra Cristiano Severo, funcionário do BRB e diretor do Sindicato.

“Estamos dando um salto de qualidade com esta proposta. Obviamente que temos ainda pontos a avançar, mas, enfim demos passos largos e importantes para termos um instrumento maduro e criterioso que regulará a relação entre os bancários e a instituição BRB”, conclui Antonio Eustáquio, secretário de assuntos socioeconômicos do Sindicato e funcionário do BRB.

Pendências

Há ainda duas questões pendentes sobre o plano. O banco assegura que estas terão respostas até a realização da assembleia
São elas:

1) o valor do abono pelo atraso na implantação do PCCR. Este abono decorre de acordo coletivo que, em sua cláusula 33ª determina seu pagamento.

2) data de implantação do PCCR. O banco alega que necessita de cumprir trâmites burocráticos para a implantação do plano. Após a aprovação pela Dicol (etapa superada), o mesmo tem de ser apreciado e aprovado pelo Conselho de Administração (Consad) do banco. Após essa etapa, ainda é preciso ser apresentado ao secretário de Administração do GDF, conforme legislação.

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