Em assembleia realizada nesta quinta-feira (22), no Rio de Janeiro, os funcionários do BNDES decidiram pela manutenção do estado de greve, decretado no último dia 12. Os trabalhadores marcaram nova assembleia para a próxima segunda-feira (26), às 14h30, e devem permanecer em vigília até o final do dia, aguardando nova proposta do banco ou abertura de negociação.
Caso o BNDES não se manifeste, os funcionários devem fazer paralisação de 24 horas ainda na semana que vem.
“Neste momento da Campanha é fundamental que os trabalhadores se mantenham mobilizados. A responsabilidade de fazer uma proposta justa está nas mãos do banco”, afirma Carlos de Sousa, vice-presidente da Contraf-CUT.
O banco reluta em atender às reivindicações de reajuste salarial de 10,25%, gratificação de 1,5 salário, aumento no valor da assistência educacional, do tíquete-refeição, do auxílio-alimentação e do auxílio-creche/babá, além da implantação do plano de carreira, melhorias no plano de saúde e ampliação da gratificação de férias, licença paternidade e outros itens.
“A direção do BNDES não apresentou nada de novo. Por isso, estamos mobilizados na expectativa de uma proposta que corresponda às reivindicações aprovadas no aprovado no I Congresso dos Funcionários do Sistema BNDES “, salienta o dirigente da Contraf-CUT.
Aumentar a pressão
Na avaliação de Carlos, a pressão dos funcionários é que vai determinar o rumo das conversações. “A mobilização é o principal combustível para conquistar uma proposta decente”, aponta.
Para o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Murilo da Silva, a insatisfação do funcionalismo com a posicionamento intransigente da diretoria do banco é bem claro e um fator extremamente positivo.
“A representatividade das assembleias tem dado uma prova da disposição dos empregados do BNDES de buscar um acordo vitorioso que traga novas conquistas e garanta espaço para futuras negociações”, ressalta Murilo.