Em entrevista ao Valor, Artur pede divisÆo do bolo via PAC

(São Paulo) Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o presidente nacional da CUT, Artur Henrique faz uma análise do papel dos sindicatos no país e das perspectivas e relações com o governo federal. Mesmo ao reafirmar o espaço para negociação aberto com a atual gestão, ele lembra que a adesão não é automática. "Quando tem medidas do governo para geração de empregos, com resultados para o conjunto dos trabalhadores, iremos apoiar. Mas quando vem uma reforma da Previdência como a que foi feita no início do primeiro governo Lula, fomos contra. Essa independência tem que se manter."

Sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) lançado pelo presidente Lula, Artur afirma que sua importância está no fato de o crescimento econômico ser recolocado na pauta nacional depois de mais de 25 anos fora da agenda. Mas critica o limite de 1,5% mais inflação de correção anual para a massa salarial do funcionalismo público, a falta de espaço para as centrais sindicais participarem da fiscalização dos gastos do PAC e propõe critérios para os investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltados à geração de emprego. Neste caso, a crítica está no fato de não haver impedimentos para empréstimos da instituição, que usa recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), a empreendimentos que demitem.

E lembrou que é preciso promover crescimento com distribuição de renda. "Queremos discutir: crescimento para quem", lembra o dirigente. "Não queremos crescer com pessoas trabalhando 18, 20 horas diárias. Também estamos fora de crescimento à custa de trabalho infantil e escravo, ou que não leva em conta meio ambiente. Se for assim, quem vai pagar somos nós mesmos mais à frente."

A íntegra da entrevista está na página da CUT nacional.

Fonte: Contraf-CUT

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