Em Cuiabá, bancários reforçam luta contra abertura do capital da Caixa

Mobilização em defesa da manutenção da Caixa 100% pública

Com a palavra de ordem “A Caixa é nossa é do povão! Dizemos NÃO à privatização!” e segurando cartazes com a frase “Eu defendo a Caixa 100% pública”, o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, a Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT/MT) e os empregados da Caixa Econômica Federal participaram do ato público realizado nesta sexta-feira (27), em frente à agência Paiaguás, localizada no centro de Cuiabá.

O Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa 100% é uma iniciativa da Contraf-CUT, assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) e da Fenae, com todos os sindicatos e federações de bancários de todo o Brasil.

Há um consenso entre todas as centrais sindicais. Para elas, a abertura de capital do banco, proposta que estaria sendo estudada pelo governo, não interessa aos brasileiros. Ano após ano, a Caixa avança no mercado e reforça seu papel social. E é fundamental que ela continue sendo pública para viabilizar as políticas sociais do governo.

De acordo com o secretário de comunicação e empregado da Caixa, John Gordon, durante o Dia Nacional de Luta, além do protesto que ocorre em todas as agências do país, os empregados fizeram postagem de fotos nas redes sociais segurando o cartaz com a frase “Eu defendo a Caixa 100% pública”.

O Dia Nacional de Luta faz parte de uma série de ações que o movimento sindical e associativo tem realizado em todo o país para mobilizar os empregados e a sociedade contra qualquer tentativa de abertura de capital do banco.

Segundo o presidente do Sindicato, José Guerra, o objetivo é fortalecer a defesa da instituição, alertar a sociedade sobre a importância da manutenção da Caixa como banco genuinamente público e afirmar ao Governo Federal que os trabalhadores não aceitam que o capital da Caixa seja entregue à especulação do mercado financeiro.

Para o diretor do Sindicato e empregado da Caixa, Luiz Edwiges, a abertura do capital da Caixa implicaria na incapacidade de financiar novas políticas públicas e criar novos mercados, e favorecer ações sociais que geram mais renda e postos de trabalho.

“Por isso, a luta em defesa de uma Caixa 100% pública. Se houver a abertura de capital, quem vai mandar na empresa serão os acionistas. A Caixa não pertence ao mercado, mas ao povo brasileiro”, afirma.

“A Caixa é um banco que atende as necessidades imediatas da população, como instrumento de inclusão bancária, empréstimos, penhor, FGTS, PIS, seguro-desemprego, crédito educativo, financiamento habitacional e transferência de benefícios sociais, apoio e financiamento em obras de infraestrutura de estados e municípios”, completa Luiz Edwiges.

Seminário em defesa da Caixa 100% pública

A Contraf-CUT, federações e sindicatos estão realizando seminários para discutir o fortalecimento da Caixa. O evento será realizado nos dias 13 e 14 de março, em Cuiabá.

Além da deputada federal Erika Kokay (PT/DF), que também é empregada da Caixa, confirmaram presença o conselheiro deliberativo da Funcef, Antônio Luiz Fermino, o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, e a coordenadora da CEE-Caixa, Fabiana Matheus.

Outro ponto que os empregados da Caixa também irão discutir no seminário, considerado importante e urgente, é a recolocação do projeto de lei nº 6.259/2005 na pauta do Congresso, que prevê isonomia entre os empregados da Caixa, do Banco do Brasil, do Banco do Nordeste e do Banco da Amazônia.

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