Educa‡Æo responde pela alta taxa do IVC de janeiro

 

 

(São Paulo) Em janeiro, o custo de vida no município de São Paulo apresentou variação de 0,95%, uma taxa 0,3 ponto percentual acima da registrada em dezembro (0,65%), segundo cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A taxa de janeiro é a maior apurada desde julho de 2004 – quando chegou a 1,21% – e supera a de janeiro de 2006 (0,72%) em 0,23 pp.

 

As maiores elevações ocorreram para Educação e Leitura (4,97%), Alimentação (1,20%) e Transporte (1,34%), que contribuíram, respectivamente, com 0,37 p.p., 0,3 p.p. e 0,23 p.p. para a taxa do mês. O Vestuário teve queda de 0,42%.

 

Índices por estrato de renda

Além do índice geral, o Dieese calcula ainda mais três indicadores de inflação, segundo estratos de renda das famílias paulistanas. Em janeiro, o comportamento dos preços indicou uma correlação positiva entre o nível de rendimento e a alta do custo de vida. O estrato 1, que corresponde à estrutura de gastos de 1/3 das famílias mais pobres (renda média = R$ 377,49), registrou inflação de 0,63%. Para o estrato 2, que contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento (renda média = R$ 934,17*), a taxa foi de 0,78%, enquanto o estrato 3, que reúne as famílias de maior poder aquisitivo (renda média = R$ 2.792,90*), a variação ficou em 1,11%.

 

Nos últimos 12 meses, o ICV-Dieese acumula alta de 2,8%. A variação acumulada é maior para as famílias mais pobres (3,02%), seguida pela verificada para o estrato 3 (2,88%) e com uma menor inflação observa-se o 2º estrato (2,55%).

 

Inflação de janeiro

Janeiro caracteriza-se por variações relativamente mais elevadas que as apuradas, em geral, nos demais meses do ano, devido a reajustes praticados no período em tributos e taxas como IPVA, IPTU, taxas relacionadas ao licenciamento de veículos e, principalmente, as mensalidades escolares. No entanto, apesar de a taxa anual ter apresentado queda em 2006, o mês de janeiro último registrou uma variação de 0,95%, superior à apurada em igual mês em 2005 (0,91%) e em 2006 (0,72%).

 

Na Alimentação a taxa deste ano (1,20%), é bem superior à apurada em 2005 (0,22%) e 2006 (0,33%). No Transportes, o aumento de 2006 (1,65%) foi maior que o verificado este ano (1,34%) e em 2005 (0,78%) e a Educação e Leitura registrou, agora uma elevação de 5,06%, bem acima da inflação de 2006 (2,57%) que, em geral, serve de parâmetro para os reajustes de mensalidade escolar, aplicados neste mês.

 

* Os níveis de rendimento referem-se aos valores definidos para junho de 1996, quando da implantação da atual ponderação

 

Fonte: Dieese

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