Dólar tem em 2009 a maior desvalorização em toda a história do real

Neste ano, o dólar atingiu sua maior desvalorização em relação ao real, aponta estudo da consultoria Economatica. Nas contas da empresa, a moeda americana já perdeu 25,29% de seu valor neste ano. A alta desvalorização do dólar representa a maior perda anual nos 15 anos de história do real.

A cotação do dólar comercial encerrou estável o último dia de câmbio deste ano, a R$ 1,743 na venda. A semana termina com queda de 0,57% e o mês com baixa de 0,74%. No ano, a moeda acumulou queda de 25,29% em relação ao real.

A Economatica, que detém registros do câmbio desde 1965, afirma que esta é a maior desvalorização nominal do dólar em relação a todas as moedas brasileiras.

Antes de 2009, a maior valorização do real sobre o dólar tinha acontecido em 2003, quando a moeda americana caiu 18,23% no acumulado anual. Apesar da queda expressiva, do final de 1994 – ano em que foi instituído o plano real – até hoje, o dólar subiu 106%.

Enquanto a desvalorização do dólar no Brasil neste ano marcou 25,29%, no Chile, foi de 21,03%; na Colômbia, de 9,17%; no Peru, de 7,40%; e no México, de 5,59%, detalhou a Economatica.

O dólar em baixa favorece os turistas brasileiros que vão viajar ao exterior ou os consumidores que compram produtos importados.

Mas a desvalorização do dólar não é boa para as exportações de produtos brasileiros. Isso fez com que o governo decidisse, em outubro, taxar aplicações estrangeiras na Bolsa de Valores (Bovespa) e nas aplicações em renda fixa. Em novembro, o governo adotou outra medida: a cobrança de IOF sobre operações com ações de empresas brasileiras no exterior.

No período do governo Lula o dólar acumula desvalorização de 50,7%.

A valorização nominal do dólar não considera a inflação do período. O dólar utilizado para a análise foi o dólar Ptax (média das taxas efetivas de transação no mercado interbancário, ponderada pelo volume de transações).

Nesta quinta-feira (31) as operações de câmbio não vão funcionar. O mercado retoma o ritmo normal na segunda-feira, 4 de janeiro.

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