Os diretores do Sindicato dos Bancários da Zona da Mata e Sul de Minas retardaram por uma hora a abertura de cinco agências do Itaú, no centro da cidade, na manhã desta quarta-feira (23). A mobilização é uma das formas de reivindicar o fim das demissões, mais saúde, mais emprego, não as agências digitais, o fim do assédio moral e lutar por melhores condições de trabalho.
O lucro do Itaú no período entre abril e junho foi o maior já registrado na história do banco para um 2º trimestre. O ganho de R$ 5,984 bilhões é também o segundo maior da história em valores nominais entre os bancos brasileiros de capital aberto para este período, perdendo apenas para o do Banco do Brasil em 2013 (R$ 7,4 bilhões). No semestre, o lucro somou R$ 11,71 bilhões, contra R$ 9,318 bilhões nos primeiros seis meses de 2014.
No entanto, o banco continua demitindo seus funcionários, em vez de gerar empregos e contribuir para o desenvolvimento social do país. O Banco cortou 2.521 postos de trabalho em 2014, representando uma redução de 2,6% do quadro de pessoal.
De acordo com a diretora do Sintraf JF e funcionária do Itaú Unibanco, Taiomara Neto de Paula (que esteve com o também diretor do Sindicato, João Hilário Neto, na reunião do COE Itaú, dia 17 de setembro, em São Paulo), destacou que este dia de mobilização foi retirado na Comissão de Organização dos Empregados do Itaú, pois o Banco tem cortado os empregos, apesar do lucro, e criando formas de afastar o cliente das agências.
“O Itaú tem demitido muito e nós estamos mais uma vez dialogando com a população e com os próprios bancários, pois essa é uma das formas de reivindicar melhores condições de trabalho e mais contratações. Além disso, o Banco expandiu a agência digital, na qual não sabemos as condições de trabalho dos funcionários e muitos são transferidos para essa área, mas não querem. Esse sistema não passa de uma enganação aos clientes e uma forma do banco baratear custos”, afirma Taiomara.
