Dia Nacional de Luta é marcado por ato no Banco da Amazônia em Belém

O Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá organizou em Belém o Dia Nacional de Luta dos bancários e bancárias por aumento real, PLR maior e elevação do piso, com um ato público realizado na manhã de terça-feira, dia 14, em frente à matriz do Banco da Amazônia.

Além das bandeiras gerais do Dia de Luta, os empregados do banco regional também reivindicaram a implantação imediata da solução Capaf e do novo Plano de Cargos e Salários (PCS).

A atividade integrou o calendário de mobilizações proposto pelo Comando Nacional dos Bancários para os sindicatos de todo país, como forma de pressionar a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para se conseguir avanços na quarta rodada de negociações da Campanha Nacional 2010, que ocorre nesta quarta e quinta-feira, 15 e 16, em São Paulo.

Estarão em discussão nesta rodada as cláusulas que tratam de remuneração, como o reajuste de 11% (inflação do período mais aumento real), PLR de três salários mais R$ 4 mil, valorização dos pisos, auxílio-educação e previdência complementar para todos os bancários, dentre outros itens.

O motivo de o ato de hoje ter sido realizado em frente ao Banco da Amazônia é pelo fato de até o momento já terem passado duas rodadas de negociações específicas com a instituição e os negociadores do Banco dizem ainda não terem analisado por completo a minuta específica dos empregados.

“É um grande desrespeito com os empregados do Banco da Amazônia as declarações de que a nossa minuta ainda não foi analisada por completo pela instituição. Bancos públicos menores que o Banco da Amazônia, como o Banpará, já avançam em várias cláusulas específicas, e nós ainda nem iniciamos efetivamente nossas negociações. Esperamos que o banco reveja seu posicionamento e negocie seriamente conosco na próxima rodada, pois questões como soluções para nossa caixa de previdência (CAPAF) e um novo PCS são urgentes e estão na nossa ordem do dia”, afirma Sérgio Trindade, vice-presidente do Sindicato e presidente da Associação dos Empregados do Banco da Amazônia (AEBA).

“Mais uma vez a atual direção do Banco da Amazônia demonstra morosidade perante o processo de negociação. Já se foram duas tentativas de rodadas de negociação entre os bancários e os representantes do Banco, mas até agora nada de avanços. Estamos cansados dessa enrolação, o que nós queremos é negociação”, protesta Cristiano Moreno, diretor do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia.

A próxima mesa de negociação específica com o Banco da Amazônia está marcada para sexta-feira, 17 de setembro.

ASSEMBLÉIA

Durante a manifestação o Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá mobilizou a categoria à Assembléia Geral da Campanha Nacional 2010 para avaliação. A atividade está programada para dia 17, às 19h, na sede do Sindicato (Rua 28 de setembro, 1210, entre Doca e Quintino, Reduto, Belém-PA).

RONDA NAS AGÊNCIAS

Após o ato desta terça-feira, diretores do Sindicato e da AEBA fizeram uma ronda nas agências do Banco da Amazônia em Belém e Ananindeua para informar sobre os andamentos das negociações gerais com a Fenaban e específicas no Banco, além de apurar problemas nas condições de trabalho das unidades. Foram visitadas as agências Reduto e Pedreira, em Belém, e Cidade Nova e Castanheira, em Ananindeua.

O problema mais grave que identificado foi na agência Castanheira, a mesma que foi assaltada no dia 2 de setembro e que teve a porta de segurança estilhaçada e um segurança ferido. Bancários e bancárias da agência relataram aos dirigentes sindicais que estão trabalhando sob tensão e com muito medo de um novo assalto, já que a unidade continua funcionando sem porta giratória e com a fachada coberta por compensado.

Sindicato e AEBA enviaram no dia 06/09 ofício solicitando providências urgentes da instituição para melhorar a segurança no local, mas até agora nada foi feito. Segundo os trabalhadores, existe a possibilidade de as vidraças da fachada serem recolocadas ainda nesta terça, assim como a substituição da porta giratória.

Já foram feitos vários relatórios sobre a precariedade do funcionamento da porta giratória, os quais são repassados para a direção do Banco, mas este nunca se pronunciou sobre quais providências pretende tomar.

Os dirigentes sindicais se comprometeram em pressionar o Banco da Amazônia para que solucione imediatamente os problemas da referida agência. Caso contrário, não restará outra saída senão fechá-la.

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