Desrespeito …s normas ‚ticas de sa£de no ABN Real

(São Paulo) Em fragrante desrespeito às normas éticas de Conselho Nacional de Medicina, o ABN Real está rejeitando atestados médicos com solicitação de afastamentos do trabalho a bancários com agravos à saúde.

Os relatórios são rejeitados pelas chefias do ABN, os quais obrigam os bancários a procurarem os médicos do banco que, por sua vez, também rejeitam os documentos, atestando como “aptos ao trabalho” os funcionários com agravos . “É um verdadeiro esquema de bandidagem”, avalia o diretor da FETEC/CUT-SP, Gutemberg de Souza Oliveira.

De acordo com o dirigente, como se já não bastasse a velha tática de burlar os acidentes de trabalho, com concessão de benefícios previdenciários sem garantias trabalhistas, a nova moda no banco de origem holandesa é forçar pelo retorno ao trabalho, independentemente, das condições de saúde, degradando ainda mais a vida dos bancários. “São desrespeitos às normas éticas do CNM e, inclusive, aos direitos humanos, uma vez que o banco se nega a antecipar salário aos afastados, criando problemas financeiros para o trabalhador que já sofre com distúrbios físicos e emocionais”, afirma Gutemberg.

O bancário E.S.M., que ingressou na instituição por meio do Sudameris há cinco anos, é um exemplo de como o ABN Real trata os direitos humanos. “Para o banco, o bancário não passa de um número, quem dirá um trabalhador doente. Como um médico diz que reconhece minha doença, mas que tenho condições de trabalhar, mesmo com  ‘epicondilite lateral’, que me impede de movimentar os dedos? A empresa não quer saber se por causa do trabalho adquiri uma doença que me impede de pegar, até mesmo, meu filho pequeno no colo”, constata o funcionário com diagnóstico de LER/Dort desde agosto de 2003.

 

Para E.S.M., se houvesse interesse em emitir diagnósticos verdadeiros, o ABN Real o teria assistente social para acompanhar os casos, assim como havia no Sudameris. “Naquela época, o banco podia dizer que sabia das reais condições de cada bancário. Só que toda a equipe de acompanhamento foi demitida na onda de cortes pós-aquisição pelo ABN Real, restando apenas preocupações de ordem financista”, desabafa o bancário.

A questão será tema de negociação, na próxima sexta-feira, 26 de maio, entre a direção do ABN Real e representantes da FETEC/CUT- SP e Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Tarifas

Um dia antes, 25/05, haverá negociação de âmbito nacional com a direção do ABN Real para tratar da reivindicação do movimento sindical de isenção de tarifas para funcionários. A COE ABN se reunirá na tarde de 24 de maio, na sede da Contraf-CUT, para preparar os debates com o banco.

Fonte: Lucimar Cruz Beraldo

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