Crise bancária na Espanha faz G7 marcar reunião de emergência

Os impactos da crise bancária na Espanha levaram os ministros da Fazenda do G7 (Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, Grã-Bretanha, França e Itália) a convocar uma reunião extraordinária que ocorre nesta terça-feira (5) à tarde. A reunião será por videoconferência.

Na Espanha e Grécia, os correntistas continuam sacando o dinheiro dos bancos para proteger suas economias em países mais seguros. O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, apelou hoje por medidas urgentes de crescimento, alegando que o país não vai aguentar pagar por mais tempo os juros cobrados atualmente pelos mercados para rolar a dívida espanhola.

Os ministros querem analisar a crise bancária na Espanha e os riscos no sistema como um todo na região da zona do euro (que reúne 17 países que adotam a moeda única na União Europeia). Os Estados Unidos, que presidem atualmente o G7, têm insistido para os europeus adotarem “outras medidas” de estímulo à economia porque “os mercados continuam céticos”.

A expectativa, segundo negociadores, é que a Alemanha, principal credora dos planos de ajuda financeira para Grécia, Portugal e Irlanda, será pressionada a aceitar medidas de crescimento a curto prazo e a flexibilizar as exigências de austeridade sobre as economias mais frágeis do bloco.

Os bancos alemães detêm a maior parte das dívidas soberanas espanholas. O governo alemão sinaliza que deverá aumentar a pressão para que a Espanha recorra à ajuda europeia para combater sua crise financeira.

Na segunda-feira (4), o ministro das Finanças do Canadá, Jim Flaherty, disse que os europeus não “agiram suficientemente” para responder os problemas de capitalização dos bancos e “não criaram um sistema de proteção adequado”. Flaherty acrescentou ainda que os programas de austeridade de alguns países não têm dado resultados positivos.

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