Contraf-CUT completa sete anos de lutas e conquistas dia 26

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) completa sete anos de lutas e conquistas no próximo dia 26 de janeiro. A entidade foi fundada em 2006, durante uma assembleia histórica em Curitiba, ampliando o espaço de atuação da extinta Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT), construída em 1992, e assumindo a representação dos trabalhadores do ramo financeiro.

O primeiro presidente da Contraf-CUT foi o funcionário do Itaú, Luiz Cláudio Marcolino, que também presidiu o Sindicato dos Bancários de São Paulo e hoje é deputado estadual do PT de São Paulo.

O 1º Congresso da Contraf-CUT foi realizado no dia 25 de abril de 2006, em Nazaré Paulista (SP). Vagner Freitas, empregado do Bradesco e hoje presidente da CUT, foi eleito presidente.

Já o 2º Congresso da Contraf-CUT aconteceu nos dias 14 e 15 de abril de 2009, em São Paulo, que elegeu o bancário do Itaú e ex-secretário-geral Carlos Cordeiro para presidente.

E o 3º Congresso da Contraf-CUT ocorreu nos dias 30 e 31 de março e 1º de abril de 2012, em Guarulhos (SP), onde Carlos Cordeiro foi reeleito presidente. A entidade coordena o Comando Nacional dos Bancários e representa mais de 90% de todos os bancários do Brasil.

A Contraf-CUT é também referência internacional para os trabalhadores de todo mundo. É filiada à UNI Global Union, o sindicato mundial que representa cerca de dois milhões de trabalhadores da área de serviços. Carlos Cordeiro é também o atual presidente da UNI Américas Finanças, que organiza os bancários do continente americano.

Conquistas e desafios

Ao longo desses sete anos, a Contraf-CUT fortaleceu a unidade nacional dos bancários e esteve à frente de todas as campanhas salariais, coordenando o Comando Nacional dos Bancários e consolidando a convenção coletiva nacional de trabalho, que completou 20 anos em 2012, válida para funcionários de bancos públicos e privados de todo país.

Com a força da unidade nacional e da mobilização, os bancários concretizaram sonhos e ampliaram conquistas. Em 2012, os trabalhadores arrancaram aumento real pelo nono ano consecutivo, elevação dos pisos e melhoria na participação dos lucros, além de importantes avanços sociais.

“Apesar de todas as vitórias, os desafios ainda são imensos, como o emprego decente, condições dignas de saúde, segurança e trabalho, igualdade de oportunidades, a regulamentação do sistema financeiro e uma inclusão bancária sem precarização e sem exclusão”, destaca Carlos Cordeiro.

Para ele, o desafio do movimento sindical é sair do corporativismo e fazer o enfrentamento com os neoliberais e com os conservadores, que têm hoje a hegemonia nos grandes veículos de comunicação.

“É importante também pautar a discussão dos temas que interessam aos trabalhadores e à sociedade. A reforma tributária é um deles. Que reforma tributária os trabalhadores querem? E dentro dela qual o papel do Estado, quem vai financiar o Estado, quais as políticas públicas, as políticas sociais? Nós do movimento sindical, que somos a referência dos trabalhadores, precisamos entrar nesta disputa mais fortalecidos ainda, organizados e articulados”, aponta o presidente da Contraf-CUT.

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