Cheia de irregularidades, terceirizada Tivit foge do Seeb/SP

São Paulo – Enquanto os funcionários da terceirizada Tivit sofrem com a falta de condições de trabalho e com os baixos salários, a empresa continua fugindo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região (Seeb/SP). A entidade está cobrando negociações, mas a terceirizada nega a abertura do diálogo. A Tivit presta serviços de telemarketing para o Santander, Bradesco, Nossa Caixa, BV Financeira e Banco Ibi.

“Vamos continuar insistindo e pressionando. O Sindicato está organizando uma série de manifestações contra a empresa para denunciar o descaso com que ela trata seus empregados”, explica Lindiano José da Silva, diretor da Contraf-CUT.

Entre outras reivindicações, o Sindicato exige a equiparação salarial dos funcionários da Tivit com a categoria bancária. Para ter uma idéia da discrepância nos vencimentos, os empregados terceirizados recebem R$ 475 como salário base, enquanto o piso dos bancários é de R$ 1.013,64. Os vales alimentação e refeição dos empregados da Tivit são de R$ 3 cada por dia. Já os bancários recebem R$ 15,80 de vale-refeição por dia e R$ 272,96 de vale-alimentação por mês.

Denúncias de irregularidades – O Sindicato também está apurando várias denúncias de irregularidades cometidas pela Tivit contra seus funcionários. “Tem muito empregado reclamando que só foi registrado vários dias após o início efetivo do trabalho. Os funcionários também estão procurando o Sindicato para denunciar o pagamento incorreto dos benefícios e da comissão sobre a venda de produtos de seguridade. Estamos apurando essas irregularidades e, se a empresa continuar fugindo das negociações, vamos levar as denúncias à Delegacia Regional do Trabalho e aos demais órgãos competentes”, afirma Lindiano.

Os empregados também fizeram uma série de denúncias contra as péssimas condições de trabalho na Tivit. As reclamações vão desde a falta de mobiliário e cadeiras quebradas a banheiros sujos e elevadores que não funcionam. “Esses problemas ocorrem, segundo as denuncias, no prédio da Alfredo Issa. Os empregados reclamam que alguns andares são escuros porque as luzes não funcionam corretamente e que o ambulatório só atende com autorização da chefia, não importando a gravidade da situação. Essa denúncia é grave, pois se configura em omissão de socorro. Vamos insistir no diálogo, mas se a Tivit continuar fugindo das negociações vamos aumentar a pressão e acionar os órgãos competentes para fiscalizar a empresa”, finaliza Lindiano.

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