Centrais lan‡am nota contra Emenda 3 e pela readmissÆo de metrovi rios

"Não à emenda 3. Readmissão imediata dos sindicalistas metroviários paulistas"

 

A paralisação dos trabalhadores do Metrô no último dia 23 foi uma das mobilizações organizadas e realizadas em conjunto pelas centrais sindicais, assim como a paralisação dos condutores e cobradores da cidade e diversas outras que aconteceram por todo o país na última segunda e também no dia 10 de abril.

 

O motivo das paralisações é o combate à emenda 3. A emenda 3, elaborada por um grupo de deputados e senadores, já foi derrubada por veto do presidente da República, mas ainda há parlamentares que querem ressuscitá-la em plenário.

 

Isso não pode acontecer. A emenda 3, se não for derrotada, vai proibir os fiscais de autuar empresas que usam funcionários que trabalham de segunda a sexta, cumprem horário e regras de qualquer trabalhador como se eles fossem empresários prestadores

de serviço.

 

São os chamados PJs. Não têm registro em carteira e precisam emitir nota fiscal. Perdem o 13º, as férias, a aposentadoria, o vale-refeição, o vale-transporte, o FGTS, licença-maternidade e todos os outros direitos. Além disso, precisam pagar impostos e uma série de outras despesas. E continuam com um salário semelhante ao de outros trabalhadores registrados em carteira.

 

A emenda 3 quer acabar com os mecanismos que hoje proíbem as empresas de recorrer a essa fraude. Se os fiscais não puderem mais multar e exigir que os assalariados sejam tratados como tal, até aqueles que hoje têm contrato em carteira serão "convidados" a abrir uma firma e a emitir nota fiscal. Será o fim dos direitos dos trabalhadores brasileiros.

 

Para impedir esse roubo, fizemos as manifestações. Faremos outras, ainda maiores, se o Congresso não tirar definitivamente a emenda 3 de cena.

Portanto, a demissão de cinco sindicalistas metroviários, anunciada pela companhia na última segunda-feira como retaliação à paralisação, é um ataque a todas as centrais sindicais e a todos os trabalhadores brasileiros ameaçados pela emenda 3 – o que inclui os passageiros do Metrô. Os cinco demitidos, dirigentes do Sindicato dos Metroviários de São Paulo-CUT, devem ser imediatamente readmitidos. Com esse propósito, estamos solicitando audiência com o governador do Estado, José Serra, a quem a direção do Metrô está subordinada.

 

CAT, CGT, CGTB, Conlutas, CUT, Força Sindical, Nova Central e SDS

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