Caravanas partem em todo o país para a posse de Dilma nesta quinta

Mobilização popular fez a diferença na vitória de Dilma

Caravanas organizadas por entidades sindicais e movimentos sociais já estão partindo em todo o país rumo à Brasília para participar do grande ato político a ser realizado nesta quinta-feira, dia 1º de janeiro de 2015, a partir das 14h30, quando ocorre a posse da presidenta reeleita Dilma Rousseff.

A previsão é de chegada de 800 ônibus, segundo levantamento preliminar dos organizadores. Estimativas oficiais apontam a participação de 10 mil a 20 mil pessoas, mas coordenadores de caravanas chegam a projetar em torno de 30 mil.

A mobilização foi reforçada pela Executiva da Contraf-CUT, reunida no último dia 16, em São Paulo, que decidiu reiterar a orientação já definida na reunião com o Comando Nacional dos Bancários, realizada no dia 27 de novembro.

“Precisamos dar um caráter popular, de forma a simbolizar a nossa capacidade de mobilização na defesa da pauta de interesse dos trabalhadores no embate com as forças conservadoras, que tentam por um lado impor a sua agenda e por outro desestabilizar o governo e democracia”, afirma o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

A orientação da Contraf-CUT fortalece também a resolução aprovada nos últimos dias 11 e 12 pela Direção Nacional da CUT, apontando que a manifestação em Brasília visa, além de comemorar a vitória obtida nas urnas, defender o projeto da classe trabalhadora, a democracia e repudiar as ameaças de desestabilizar o novo governo e a soberania da vontade popular manifestada nas eleições.

Para a CUT, a participação dos trabalhadores servirá também para reafirmar ao novo governo a necessidade e a urgência de implementação do projeto político vitorioso no pleito e de dar respostas concretas às propostas contidas na Plataforma da CUT.

“O atual momento político exige, mais do que nunca, a mobilização permanente dos trabalhadores, na defesa dos empregos e direitos e no enfrentamento às forças conservadoras e de direita para evitar retrocessos e ampliar as conquistas do povo brasileiro”, destaca Cordeiro.

Cerimonial da posse

A presidenta fará o percurso do Palácio da Alvorada até a Catedral de Brasília, em carro fechado, e da Catedral até o Congresso Nacional, em carro aberto.

Como é tradicional, Dilma e o vice-presidente Michel Temer descerão por volta das 14h30 na Catedral para trocar de veículo e seguirão num Rolls Royce doado ao país pela rainha da Inglaterra, Elizabeth II.

Conforme estabelece o rito, no Congresso é que acontecerá a cerimônia oficial de posse e, na saída, a presidenta já receberá as honras militares, seguindo para o Palácio do Planalto, onde subirá a rampa e ganhará a faixa presidencial. Em seguida, fará um pronunciamento no parlatório e será cumprimentada pelos chefes de estado.

Missões estrangeiras

Está confirmada a presença de quase 70 missões estrangeiras, dentre elas 30 lideradas por chefes de governo ou vices e as restantes por ministros e outras autoridades, conforme divulgou o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Dentre as autoridades já confirmadas estão os presidentes do Uruguai, José Mujica; do Chile, Michelle Bachelet; e da Venezuela, Nicolás Maduro. Também comparecerá o presidente eleito do Uruguai, Tabaré Vasquez.

Ainda confirmaram participação o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden; o vice-presidente da China, Li Yuanchao; o vice-chefe de governo da Rússia, Alexander Torshin, e o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven, bem como diretores-gerais de importantes organismos internacionais, como Roberto Azevêdo, da Organização Mundial do Comércio (OMC); Irina Bokova, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco); e José Graziano, da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Celebração

O atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho (que deixa o cargo nesta quinta), elogiou a organização de caravanas pelas entidades sindicais e movimentos sociais em todo o país.

“O importante é que a posse mostre que ela (Dilma) tem legitimidade e apoio popular e, com isso, possa desencorajar eventuais aventureiros que queiram trabalhar a ideia de deslegitimar o governo dela”, declarou Carvalho, ao acrescentar que “a cerimônia de posse terá caráter marcadamente político, no sentido de uma disputa, de uma festa, de uma celebração de uma vitória”, disse Carvalho.

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