Brasília: bancários do Real e do Santander fazem Dia Nacional de Luta

Com o slogan “Santander: Chega de Demissões! Respeite o Brasil e os Brasileiros!”, bancários do Santander e do Banco Real de todo o país saíram às ruas nesta quarta-feira 18 no Dia Nacional de Luta pelo fim das demissões e para exigir do banco espanhol mais seriedade na condução do processo negocial pela manutenção dos direitos e para evitar a dispensa dos funcionários.

No Distrito Federal, o palco das manifestações foram as agências das cidades-satélites de Taguatinga e Ceilândia, onde diretores do Sindicato conversaram com bancários e clientes sobre os motivos dos protestos. Os representantes dos trabalhadores também fizeram a entrega de uma nota à população. “Estamos em luta pela garantia de empregos e direitos de todos durante a fusão entre as duas empresas. O Santander lucrou R$ 2,8 bilhões no Brasil; é um absurdo, portanto, que dispense funcionários”, explicou a diretora do Sindicato Rosane Alaby.

“Realizamos ainda um trabalho de esclarecimento com os bancários sobre o pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), já que o banco divulgou dois balanços, despertando dúvidas”, complementou Alaby. Os números dos resultados publicados pelo Santander não batem e ocorreu uma brusca involução do lucro nos dois últimos meses do ano, da ordem de R$ 2 bilhões. Em novembro, por meio de uma nota à imprensa, o Santander afirmou que obteve R$ 4,39 bilhões nos nove primeiros meses de 2008. Mais R$ 529 milhões figuram no balanço como lucro do quarto trimestre, o que totaliza R$ 4,826 bilhões. Ou seja, faltam R$ 2,07 bilhões.

Essa diferença garantiria aos bancários o pagamento do adicional à PLR conquistado na última campanha nacional, bem como os 2,2 salários da regra básica. Agora, por conta desse balanço, a PLR será paga apenas pela regra básica, ou seja, 45% do salário mais R$ 483, e que não haverá parcela adicional porque, segundo o banco “não houve crescimento do lucro”.

Em reunião nessa terça-feira 17 entre os sindicalistas e a direção do banco, a diretora executiva de RH do grupo, Lílian Guimarães, se disse disposta a responder às demandas dos bancários o mais breve possível.

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