BB “sangra” funcionários e clientes por mais lucro

“As agencias já estão sangrando, não tem problema sangrar um pouco mais”. A frase é de um superintendente da regional do Banco do Brasil em São Paulo, “justificando” um novo aumento na carga de trabalho dos funcionários do banco.

Ocorre que o superintendente determinou que, desde ontem, 30% dos gerentes de todas as agências se dediquem exclusivamente a fazer trabalho de telemarketing, oferecendo serviços de crédito para os clientes. Os gerentes argumentaram que as agências estão sobrecarregadas e que não havia condições para esse deslocamento de pessoal. Nesse momento, o superintendente solta a frase.

Para Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa do BB da Contraf-CUT, o banco desrespeita mais uma vez clientes e trabalhadores ao completar 200 anos. “O Banco do Brasil quer tirar sangue de funcionários e clientes. Além de aumentar ainda mais a já enorme carga de trabalho dos bancários, oferece crédito de forma irresponsável para os clientes. Esse crédito pessoal tomado sem planejamento vai levar muitas pessoas ao endividamento e sem propósito”, avalia.

Para ele, o banco se afasta de sua função de banco público ao impor essa situação para os gerentes. “O BB está oferecendo esses produtos com o único intuito de obter lucro fácil, comportando-se como um banco privado. É papel de um banco público preocupar-se com o desenvolvimento do país e isso passa por respeito a seus clientes e trabalhadores”, sustenta.

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