Banqueiros não se comovem nem com a tragédia das chuvas no Rio de Janeiro

Apesar da tragédia das chuvas, os bancos ainda não atenderam solicitação do Sindicato do Rio de Janeiro, que pediu à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para que as faltas de bancários que não conseguiram chegar ao trabalho nos dias 6 e 7 de abril sejam abonadas. O documento foi enviado no último dia 7.

“Continuamos aguardando uma resposta. O país inteiro sabe que a cidade parou com as chuvas, resultando, inclusive, em mortes. Não faz sentido os bancos considerarem falta, quando, na verdade, muitos bancários não conseguiram chegar ao local de trabalho. Os banqueiros não se sensibilizam nem com tragédias como as do Rio e de Niterói”, critica o presidente do Sindicato, Almir Aguiar.

Itaú Unibanco pressiona

No Itaú Unibanco, bancários denunciaram ao Sindicato que o superintendente Fábio Pismel (Região 63) teria obrigado os funcionários a trabalhar nos dias 6 e 7. E o pior: a “orientação” é para que os bancários trabalhassem em “qualquer agência próxima de sua residência”.

“As própria autoridades públicas orientaram a população a não saírem de casa durante o período das chuvas. É um absurdo, uma irresponsabilidade o Itaú Unibanco ter obrigado os bancários a trabalhar. Com o maior índice pluviométrico dos últimos 44 anos, o banco colocou em risco a vida de seus funcionários”, ressalta Almir. O sindicalista enviou ofício à prefeitura e ao governo do estado pedindo que os bancos fossem notificados a respeito da orientação dada pelos dois governos durante as chuvas para garantir a segurança da população.

“Vamos tentar uma solução em todas as instâncias do poder público. Não é possível que os bancos insistam para que o bancário trabalhe, mesmo que isso represente risco de morte”, conclui o sindicalista.

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