Bancos privados devem ofertar menos crédito em 2013, prevê BC

Os bancos privados nacionais devem ofertar menos crédito este ano, de acordo com projeção divulgada nesta sexta-feira (27) pelo Banco Central (BC). A estimativa de expansão dos empréstimos dessas instituições caiu de 10% para 6%, este ano. No ano passado, o crescimento ficou em 7%.

Os bancos privados estrangeiros devem apresentar expansão do crédito de 7%, contra a previsão anterior de 8%. No ano passado, houve crescimento de 9,6%.

O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, disse não saber as razões específicas para essa redução no ritmo de expansão do crédito de instituições privadas. Segundo ele, a moderação no crédito desses bancos ocorreu a partir do ano passado, principalmente, no segundo semestre.

No caso dos bancos públicos, a projeção do BC passou de 22% para 24%, este ano, com redução do ritmo em relação ao ano passado (27,2%). Os bancos públicos registraram, em agosto, a maior parcela de participação no crédito total do sistema financeiro, 50,7%. No mesmo mês do ano passado, estava em 46%.

Os bancos privados nacionais são responsáveis por 33,8% do crédito, contra 37,3% em agosto de 2012. Os bancos estrangeiros ficaram com 15,5% de participação em agosto, contra 16,8% do mesmo mês do ano passado.

O BC também divulgou a revisão da projeção para o crédito com recursos livres de todo sistema financeiro, que caiu de 11% para 8%, este ano em relação a 2012. Para o crédito com recursos direcionados (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura), houve aumento na estimativa de 20% para 24%. A previsão para o crédito total foi mantida em 15%. No ano passado, em relação a 2011, a expansão do crédito ficou em 16,2%.

“O crédito vem mostrando moderação ano a ano”, disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel. Mas, segundo ele, o crescimento do crédito continua elevado e importante “neste processo de expansão da atividade econômica”.

Para o BC, o saldo das operações de crédito deve representar, este ano, 57% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto. A estimativa anterior era 56%. Em agosto, o saldo das operações de crédito chegou a R$ 2,578 trilhões, o que representa 55,5% do PIB.

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